pedreiro2912013O pedreiro Fernando da Silva registrou dois boletins de ocorrência na Corregedoria da Polícia Militar e no 24º DP contra um capitão da PM. Ele denuncia que o militar fez ameaças contra ele e desferiu três disparos de arma de fogo contra sua casa, localizada na região do Monte Horebe, zona sudeste de Teresina.

 

Fernando da Silva afirma ter feito um serviço junto com quatro companheiros de construção da casa do militar, que não teve o nome revelado. No dia do pagamento dos operários, o capitão teria se recusado a dar o dinheiro.

 

O débito, segundo o pedreiro, seria de R$ 1.500. "Ele vinha pagando direito. Mas no sábado, quando eu fui cobrar, ele disse que não tinha dinheiro e não iria pagar. Eu disse para ele que ele pagasse porque ele tinha contratado pais de família que trabalharam e precisavam receber. Eu disse para ele que iria cobrar na Delegacia do Trabalho", relatou o operário.

 

Ainda segundo o operário, no domingo, 27, o capitão teria ido à casa dele, acompanhado de duas viaturas do Ronda Cidadão. "Ele puxou a pistola perto de mim e da minha neta. Todo mundo ficou amedrontado. As viaturas passaram várias vezes aqui, ficaram parados, os policiais olhavam por baixo do portão, como se aqui fosse uma boca de fumo ou a casa de algum ladrão. Domingo, 06:10h da manhã, ele veio aqui e deu três tiros contra a parede da minha casa. Uma bala perfurou a parede e caiu perto da cama da minha neta. Essa bala poderia ter acertado ela. Minha mulher está tomando chá direto. Todo mundo está com medo aqui em casa", contou Fernando.

 

O operário cobra que seja feita uma investigação e que o policial seja punido. "Eu sou um homem trabalhador. Nunca imaginei. Fui lá na PM e viram que ele mesmo tinha mandado a viatura vir aqui em casa", disse.

 

Em entrevista a um canal de televisão, o corregedor adjunto da Polícia Militar, coronel Ricardo Lima, afirmou que a denúncia foi registrada e os fatos serão apurados. "Esse fato vai ser investigado até porque, mesmo nos momentos de folga, o policial deve se portar de acordo com o estatuto da instituição. Ele pode portar arma no momento de folga. Mas, se ele utiliza indevidamente vai gerar para ele uma responsabilidade criminal, como é o caso, e administrativamente, pelo uso indevido de arma de fogo. Vamos apurar por que essas duas viaturas do Ronda estavam lá dando apoio", disse o corregedor adjunto.

 

 

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