A Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU) deflagraram na manhã dessa quarta-feira, 21, operação Gangrena no combate ao desvio de recursos públicos em Teresina. A PF entrou em algumas residências de advogados e empresários do ramo alimentício fazendo busca e apreensão de documentos na zona Sul.
O objetivo da operação é apurar desvios de recursos públicos federais destinados à saúde e compra de medicamentos, supostamente, de licitações fraudulentas e de contratos irregulares. Estão sendo executados 30 mandados de busca e apreensão e 18 mandados de conduções coercitivas nas cidades de Teresina, Parnaíba no litoral piauiense e Recife, capital do Pernambuco.
Quatro agentes da Polícia Federal e um funcionário da CGU entraram em um prédio de três andares da empresa Serrafarma com malotes para a coleta de documentos. A empresa fica no bairro Saci na Avenida Henry Wall de Carvalho, na zona Sul da capital.
Os agentes informaram que a PF vai conceder às 10h entrevista coletiva informando detalhes da operação. A operação também está sendo realizada em outros bairros da cidade.
Os policiais federais e funcionários da CGU recolheram documentos da Serrafarme, levaram também um CPU e vários HDs - dispositivos móveis de memória.
Os policiais apreenderam o arquivo-mãe da Secretaria Estadual de Saúde e os arquivos do Fundo Municipal de Saúde, além de notas fiscais relativas aos anos de 2009 e 2010.
Meio Norte
ATULAIZADA às 10:16h
Entre as empresas envolvidas na investigação da Operação Gangrena estariam a Gerafarma, Serrafarma e a Multimed. Segundo a investigação, essas empresas agiam de forma fraudulenta, usando notas fiscais frias e burlando licitações para superfaturar o preço dos medicamentos comprados pela Sesapi.
Atualizada às 10h37
Três advogados do escritório do advogado Alexandre Nogueira, entre eles a filha do deputado federal Assis Carvalho, Isla Carvalho, compareceram à sede da PF para acompanhar os interrogatórios das pessoas levadas coercitivamente para o local. Elas prestam depoimentos sobre possível envolvimento com um esquema de desvio de R$ 7 milhões em compras superfaturadas de medicamentos na Secretaria Estadual de Saúde.
Porém, não tiveram acesso ao depoimento de Alexandre Nogueira. Eles aguardam na recepção notícias sobre o depoimento. O filho de uma das funcionárias da Secretaria de Saúde, identificado como Miguel, também aguarda na recepção o fim do depoimento da mãe. Também acompanham os depoimentos e a chegada de documentos e computadores dois controladores gerais da União.
Atualizada às 10h17
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Sigifroi Moreno, acaba de chegar à sede da PF. Ele informou que irá acompanhar as investigações já que, segundo ele, existe cumprimentos de mandados de busca e apreensão em escritórios de advocacia.
"É função da Ordem dar total e irrestrita assistência aos advogados. Apenas um escritório de advocacia foi alvo da Polícia Federal, mas ainda não temos nada de concreto, já que estamos no início da investigação", declarou Sigifroi. O presidente confirmou que o escritório do advogado Alexandre Nogueira foi alvo de mandado de busca e apreensão.
Cidadeverde