O Ministério Público Federal denunciou seis pessoas acusadas de tráfico de drogas e presas em um veleiro no litoral piauiense. Parte dos acusados foram flagrados no dia 24 de agosto com 270 quilos de cocaína em uma embarcação no Porto do Trapiche, em Luís Correia, antes de seguirem viagem para o exterior. Dois são italianos e um é português. O MPF/PI pediu a condenação em até 30 anos de prisão, além de multa.
No veleiro WIZ, a Polícia Federal, com apoio da Marinha, prendeu o italiano Alessandro Pasanisi e o português José Aníbal Aguiar, quando os mesmos estavam a 1.500 metros da costa marítima. Segundo a denúncia, Pasanisi comprou a embarcação em março na Itália e passou por Madagascar, Venezuela e Guiana Francesa antes de chegar ao Brasil. Com eles, além da droga em 11 sacolas de viagem, foram encontradas ainda uma pistola com carregador e munição.
Em Piripiri, no mesmo dia, foram detidos o italiano Roberto Menale, o paulista Valdir Pedro e o sul-mato-grossense Marcos Luiz Guedes. Este último é acusado de apresentar documentos falsos para tentar ocultar sua identidade para a Polícia Federal. Na outra identidade, ele apareceria como Marcos Luiz da Silva.
Menale é acusado de dirigir a quadrilha e dividir as tarefas do grupo. Paulo Rogério Prado, natural de São Paulo, seria o articulador do transporte da cocaína pelo Brasil até Luís Correia. Ele teria chamado Valdir e Marcos para cuidarem da logística do crime em terra.
Paulo está preso em Campinas/SP em cumprimento a mandado de prisão preventiva expedido em Porto Seguro/BA. Os outros cinco acusados estão na Penitenciária Mista de Parnaíba.
No processo, o MPF pede condenação de todos de 3 a 10 anos de prisão, além de 700 a 1.200 dias-multa, por associação para o transporte de cocáina ao exterior. Renato Menale, Valdir Pedro, Marcos Luiz e Paulo Rogério foram denunciados ainda por atuarem na logística do transporte da droga e podem pegar ainda de 5 a 15 anos de prisão e 500 a 1.500 dias-multa. Já Alessandro Pasanisi e José Anibal, que estavam na embarcação, podem pegar a mesma pena pelo transporte da cocaína no veleiro.
Foragido da Justiça por crimes em São Paulo desde 1999, Marcos Luiz Guedes ainda pode pegar mais 5 anos de prisão por uso de documentos falsos, o que totalizaria pena de 30 anos. Já Pasanini, pela arma sem seu poder e sem autorização, pode ser condenado a mais 4 anos, alcançando 29 anos de punição.
Cidadeverde