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O secretário de Justiça Henrique Rebelo afirmou que a situação na Casa de Custódia de Teresina foi controlada na manhã dessa quinta-feira, 18. Vários presos iniciaram uma rebelião, que terminou com dois detentos com algumas escoriações. Nenhum caso grave foi registrado.

 

Essa é a segunda rebelião em dois dias. Ontem, aconteceu outra rebelião, que logo foi controlada e terminou com transferência de dois presos. Dessa vez, a rebelião foi maior e destruiu algumas celas. Atualmente a Casa de Custódia tem mais de 800 presos, ou seja, 500 presos a mais do que é permitido.

 

O secretário realizou a negociação com os detentos, que pediram para acabar com a superlotação, melhorar a alimentação e para dar mais celeridade nos julgamentos. “O problema da Casa de Custódia, é um problema que acontece em todo o país e nós estamos tentando resolver isso da melhor maneira possível. Atualmente estamos reformando lentamente dois pavilhões, só que isso acontece de maneira lenta por causa da superlotação. Também junto com os juízes vamos tentar dar maior celeridade nos processos, para que esses presos sejam transferidos”, disse o secretário.

 

O responsável pelo motim

O responsável pela rebelião foi identificado como Celestino. “Ele é do PCC e de alta periculosidade. Ele foi preso por tráfico e cometeu crimes em outros Estados. Já tentamos desde dezembro do ano passado transferir ele, mas o juiz não liberou essa transferência. Além disso, é preciso arranjar algum lugar para o acusado. Ele ainda responde por crimes no Rio Grande do Norte”, disse o secretário.

 

Juízes devem ajudar a reduzir o número de presos

 

Segundo um dos membros da Comissão dos Direitos Humanos da OAB, Humberto Carvalho, a comissão vai acompanhar de perto para que a secretaria de justiça cumpra com o acordo estabelecido com os presos.

 

“Sabemos que a situação é difícil, mas esperamos que isso melhore. Existe uma superlotação, além da demora no julgamento dos processos, por isso, as férias de alguns juízes devem ser suspensas para poder dar mais celeridade nisso”, disse Humberto Carvalho.

 

 

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