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O Ministério Público do Piauí abriu um inquérito civil público para apurar a denúncia de que a água fornecida pelo instituto de água e esgotos local, a Agepisa, é imprópria para consumo. O alerta foi dado por um estudo, feito por alunos da pós-graduação de química da Universidade Federal do Piauí (UFPI), que constatou a ausência de potabilidade em cerca de 70% das amostras de água obtidas em sete municípios piauienses.

 

A água coletada pelos pesquisadores não cumpria as especificações exigidas na legislação para ser considerada potável. Em algumas amostras, foi detectada a contaminação por coliformes fecais e pela bactéria Escherichia coli, concentração de NO3 e de metais fora dos padrões, bem como parâmetros de alcalinidade, turbidez e pH em valores abaixo dos estabelecidos.

 

Dados

Além disso, em outro documento, pesquisadores da UFPI questionaram as informações divulgadas no relatório anual de qualidade da água do ano de 2010, divulgado pela própria Agespisa. Segundo os "comentários sobre a Qualidade da Água Distribuída pela Agespisa", dos professores Edmilson Miranda de Moura e Hélio Alves Moreira, no documento só há resultados completos da qualidade da água de 76 municípios.

 

Os professores apontam ainda que os dados referentes à análise de água de algumas cidades foram aproveitados como resultados de outros municípios e em algumas delas não há dados.

 

O Instituto de Água e Esgotos do Piauí S/A (Agespisa) deverá responder ao pedido de esclarecimento do Ministério Público no prazo de dez dias. O MP alerta que o fornecimento de água imprópria para o consumo e em desacordo com as exigências estabelecidas pode configurar crime previsto na legislação.

 

TERRA