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Uma das pessoas que foi detida durante uma operação feita Polícia Militar e que se registrou no final de semana em Floriano-PI esteve na redação do piauinoticias.com nessa tarde de terça-feira para esclarecer o que houve. Na operação comandada pelo tenente coronel PM Lisandro Honório, comandante do 3º BPM, 14 pessoas foram detidas e levadas para a Central de Flagrantes da Polícia Civil. O fato chocou algumas das pessoas que estavam no Bar, pois elas afirmam que são pessoas de bem e que sofreram constrangimento. Uma ação está sendo realizada em torno do caso. O garçom Francisco de Assis, que é dono do Bar Skina 10, foi uma das pessoas levadas pelo policiamento e que esteve na redação do PN para esclarecer o que de fato houve. Ele está revoltado pela forma como foi feita a abordagem.


PN: seu Francisco o que de fato houve na ação policial na madrugada de sexta para sábado, 4 de agosto, no seu comércio que funciona nas proximidades do Terminal Rodoviário, bairro Cancela?


FA: A turma toda estava lá,  13 pessoas, brincando jogando uma canastrasinha, valendo cervejas, quando o coronel chegou com a sua equipe abordou todo mundo e recolheu a turma toda. Nós, como cidadãos florianenses ficamos até sem jeito, sem graça.


PN: O que a polícia encontrou em poder das pessoas?


FA: O que foi encontrado no meu ponto de trabalho, no meu barzinho, foi uma roleta, amarrada coberta, porque era para usada no festejo de Barão de Grajaú-MA e aqui em Floriano-PI.  Conhecida há mais ou menos 50 anos, essa roleta tem tradição e as pessoas estavam brincando valendo uma cervejinha,  tinha duas maletas com as fichas da própria roleta e estava toda coberta numa outra sala. Só gente da sociedade, só gente boa e amiga, não tem ninguém ruim, somente pessoas descentes e ficaram constrangidas. Quando o coronel chegou com os policiais, abordou todo mundo com armas nas mãos, como se nós fôssemos bandidos, nós somos cidadãos de respeito, nós merecemos respeito, se eu fosse traficante eu estaria preso, eu não sou traficante. Toda população de Floriano me conhece muito bem, são vinte anos de garçom dentro de Floriano, nunca tive passagem pela polícia. Isso pra minha família, para os meus amigos, ficou ruim e eles estão me cobrando afirmando que e viram internet, isso fica horrível. Eu não sou bandido.


PN: Segundo informações uma arma, que seria uma faca,  foi encontrada em poder de uma das pessoas presentes.


FA: Não isso não chegou ao meu conhecimento. Eu como dono do estabelecimento fiquei do lado de fora, não tive espaço de entrar. Eu perguntei para o coronel se tinha sido denúncia, ele respondeu que para entrar ali não precisava de denúncia. Só tinha cinco pessoas na mesa brincando uma canastrazinha e tinha 13 em pé, e a maioria vai lá pra tomar um café, uma água, teve gente que tinha acabado de chegar da cidade de Teresina naquele momento e entrou para tomar um cafezinho e foi abordado pela polícia, não tendo como pra sair para ir para sua residência, porque tinha que ser conduzida para  o Distrito.


PN: O senhor está colocando como constrangimento, não só o senhor como empreendedor do local, mas também as demais pessoas. Quais são as atitudes que estão sendo tomadas no sentido de que seja colocado de forma clara o ocorrido?


FA: Na realidade,  eu cidadão e todos os meus amigos que ali estavam, ficou difícil a nossa situação. Ali não tinha nenhum bandido,  não tinha nenhum traficante, como consta, é informação errada. Agora eu não sei se é crime a pessoa colocar uma mesa, uma cerveja e se divertir na noitada, após ter passado o dia trabalhando, eu não sei se isso é crime. Ali é meu trabalho, dali eu sustento minha família e como  garçom que sou.


PN: O senhor já tinha sido abordado  outras vezes por policiais no seu comércio?


FA: Há uns seis meses atrás passaram por lá, mas foi tudo sobre controle, não encontraram nada errado, porque lá só vai gente de bem, eu não aceito nada de errado lá. Em determinadas ações a Polícia não pode  querer complicar os cidadãos podem puxar meu RG que não tenho nada com a justiça. Agora, vamos trabalhar em acordo com a lei, de forma que não complique agente como cidadão, eu respeito para ser respeitado.

 

 

Da redação