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Nesta sexta-feira, 13, agentes penitenciários do estado do Piauí, realizarão nova assembleia onde decidirão se retomarão o movimento de greve que teve início no dia 22 de março. A greve havia sido suspensa pelo prazo de dez dias desde 3 de abril pelo TJ-PI, após ocorrências em unidades prisionais do estado.


O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí, Vilobaldo Carvalho, considerou a Secretaria de Segurança “inerte” em meio às pautas de reivindicações feitas pela categoria.


Os profissionais querem garantias e ação do governo, do contrário retomarão o movimento, já que estes reivindicam o aumento do efetivo de agentes e o reajuste no valor do ticket alimentação. Um dos grandes problemas apontados é a superlotação, no caso de Parnaíba, há uma superlotação como afirmou o representante do sindicato, André Ricardo, onde há mais de 305 presos.


Por intermédio do desembargador Edvaldo Moura, foi realizada uma reunião entre agentes e o secretário Paulo Ivan, onde o mesmo se comprometeu a conversar com o governador sobre a possibilidade de estabelecer um cronograma de nomeações de agentes e realizar um estudo de impacto do reajuste no auxílio alimentação.


Durante a greve, os agentes suspenderam as visitas a presos, atendimentos a advogados, deslocamentos para audiências, recebimentos de detentos de delegacias, transferências entre unidades prisionais, entre outros serviços. A paralisação dessas atividades provocou reações dos detentos.


Em Parnaíba, a situação continua séria, ontem, 11, houve um relato de que maneira os agentes penitenciários abortaram o motim formado por presos, por muitos na cidade virou motivo de piada, pois o que fizeram foi utilizar bombas juninas para conter a exaltação.


A Fontes Ibiapina ainda provocará muitos problemas para a sociedade parnaibana, principalmente para todos os que lá trabalham, pois os agentes não dispõe de nenhum tipo de material não letal, o que há de munição são apenas escopetas calibre 12, que se houver a necessidade do uso, será preciso atingir a pessoa em uma possível rebelião ou motim.

Segundo um agente, não há materiais dos mais simples como spray, anti-motim, faltam algemas pois só temos cinco e até as chaves para o uso os agentes trazem de casa porque o presídio não dá. “Os cadeados não são suficientes, as celas onde deveriam ter três, há apenas um”, disse.


Antes, a penitenciária contava com um sistema de circuito interno de câmeras, porém quando tiveram defeitos, foram retiradas e não foram mais recolocadas.


As secretárias competentíssimas do governo Wilson Martins continuam indo para a mídia e anunciando melhorias para Parnaíba, até agora não chegou pelo menos um saco de cimento para tapar os buracos do “queijo suíço”, como denominou um agente se referindo a Penitenciária Mista de Parnaíba.



ProParnaíba