A greve dos agentes penitenciários foi suspensa por três dias. A decisão, tomada em assembleia, foi deliberada após acordo com o presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, Edvaldo Moura, onde o desembargador se comprometia a mediar uma negociação entre o Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores Administrativos das Secretarias da Justiça e de Segurança Pública do Piauí (Sinpoljuspi) e o governo do estado.
Durante a suspensão neste sábado, 31, domingo, 1º, e segunda-feira, 2, os detentos poderão receber visitas de acordo com o cronograma de cada presídio. “Não haverá retribuição nem restituição de visitas, pelo nesse momento. Visitas de advogados, transferência e transporte para audiências continuam suspensos”, declara Kleiton Holanda, diretor administrativo do Sinpoljuspi.
A reunião entre governo e grevistas deverá acontecer, segundo sindicalistas, neste sábado ou na segunda-feira. Na terça-feira, 3, haverá uma assembleia pra discutir as propostas do governo. “A questão das visitas foram apresentadas aos detentos. Eles aceitaram as condições, somente o pavilhão da escala vai receber as visitas. Nós cedemos. Agora queremos negociar”, firma Kleiton.
Contagem
Os agentes, com suporte de segurança de equipe da Rondas Ostensiva de Natureza Especial (Rone), realizou a contagem dos presos. Segundo o Sindicato, apesar motim que ocorreu na noite dessa quinta-feira, 29, não houve feridos ou mortos.
Greve dos Penitenciários
O Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores Administrativos das Secretarias da Justiça e de Segurança Pública do Piauí (Sinpoljuspi) paralisou as atividades nos dias 14 e 15 de março. O alerta era para abrir um canal de negociação com o governo do estado. Sem entendimento, a greve foi deflagrada no dia 22 de março.
A categoria reivindica os compromissos assumidos durante a greve de abril de 2011. De acordo com Kleiton Holanda, o acordo incluía a convocação de mais de 50 agentes penitenciários no ano passado e cerca de 100 agentes este ano e a alteração do Estatuto dos Servidores Penitenciários, além de melhores condições de trabalho. “Não houve alternativa, já que o governo não resolveu os problemas. Tivemos que provocar o diálogo”, afirma Kleiton.
O Sindicato informou que 165 concursados já fizeram a academia e estão aptos a assumir a profissão, entretanto, mesmo que todos assumam as vagas, não seria suficiente para suprir as necessidades. “Esse número não atende nem mesmo os presídios existentes. E ainda há seis prédios em fase de construção. As obras estão paradas, mas o número de agentes é insuficiente”.
Henrique Rebelo afirmou que o governador Wilson Martins já autorizou a contratação imediata de 20 concursados. “Essa greve está atrapalhando os trabalhos”, declara.
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