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A realidade dos dependentes químicos que admitem que precisam de ajuda e procuram um tratamento em Teresina nem sempre tem um final feliz. Nesta semana, um jovem de 24 anos, conhecido apenas como Cristiano, viciado em crack, morreu sem conseguir se tratar. Em vídeos gravados antes de sua morte, ele contou sobre a necessidade de ajuda. "A minha mãe viu que eu não tinha mais nada e me deu fogão e umas compras. No outro dia eu vendi tudo pelo crack. Às vezes eu estou bom, mas basta chegar perto para não conseguir", disse o dependente em vídeo.


Nas gravações, ele mostrou estar disposto a se tratar, principalmente porque possuía nódulos no fígado e já faz hemodiálise. Cristiano morreu antes de conseguir a ajuda que tanto buscou. "A gente se sente incapaz, diante de um caso como o dele, porque quando a pessoa pede ajuda, é porque já está no fundo do poço", analisou a psicóloga da Fazenda da Paz, Iane Ibiapina.


A psicóloga ressaltou que a demanda da Fazenda da Paz triplicou nos últimos anos e que seria de extrema necessidade a criação de centros específicos para mulheres. Ela disse ainda que a instituição já trabalha no seu limite de 300 dependentes em tratamento.


Em entrevista nesta segunda-feira, 2, a coordenadora da Câmara de Enfrentamento às Drogas, professora Zita Villar, afirmou que em Teresina mais de 8 mil pessoas estão aguardando tratamento. Ela garantiu que neste ano serão colocados em prática pelo menos dois novos projetos para prevenção e tratamento.

 
"A partir de 2012, com a colocação de mais recursos, teremos a Fábrica de Transformação, que vai envolver a escola, a família e a comunidade e a Agenda Pública, no qual vamos buscar a ajuda de todos os seguimentos para qualificar o debate e nos prepararmos para enfrentar e prevenir", afirmou a coordenadora.


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