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A ex-assessora especial do gabinete de Doutor Pessoa, Suelene da Cruz Pessoa, prestou depoimento, por quase duas horas, ao Departamento de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DECCOR). Presa apontada como cabeça de uma “rachadinha” na Prefeitura de Teresina, ela revelou informações “valiosas” em uma suposta delação, segundo informou o delegado Ferdinando Martins ao MeioNews.

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O QUE ACONTECEU?

Suelene Pessoa, Marcus Almeida, Mauro José e Rafael Ferreira, foram presos na terça-feira (14) durante a Operação Gabinete de Ouro, conduzida pelo DECCOR da Polícia Civil do Piauí.

A operação resultou na apreensão de mais de 70 milhões de reais em bens, entre imóveis, veículos de luxo e outros patrimônios ligados aos investigados. A investigação teve início a partir de uma denúncia anônima, na qual a polícia recebeu um dossiê que revelou a existência de um esquema de corrupção que incluía "rachadinhas" na prefeitura, exigência de vantagens indevidas, recebimento de propina, entre outras ações ilícitas, entre 2021 e 2024.

Sol Pessoa pode responder por lavagem de dinheiro, corrupção, peculato e enriquecimento ilícito.

COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA?

De acordo com as apurações, prints de conversas mostram Sol Pessoa determinando que todas as contratações passassem por sua aprovação. O objetivo seria ter controle sobre os salários dos servidores, que, em muitos casos, eram obrigados a prestar serviços particulares a ela.

Em uma das conversas, Sol Pessoa pede a Marcus Almeida, então servidor terceirizado, que agilize a indicação de nomes para cargos comissionados em secretarias municipais. Em um dos casos, ela solicita que uma pessoa seja lotada na Secretaria de Cidadania (Semcaspi) com salário de R$ 4 mil.

As investigações indicam que os servidores com salários mais altos assumiam funções pessoais para Sol Pessoa, como o de motorista particular. Há ainda indícios de que muitos dos nomeados recebiam salário da prefeitura sem comparecer ao trabalho.

Durante as investigações, a polícia descobriu que Mauro José, que trabalhava como motorista na antiga gestão, depositou R$ 150 mil em uma construtora para custear a reforma da casa de Sol Pessoa.

Ela era a pessoa que dialogava diretamente com fornecedores, com um empresário que também fazia interlocução com os terceirizados. Ela tinha protagonismo dentro do trabalho. Ela centralizava os pagamentos, realocava tercerizados", disse o delegado Ferdinando Martins, coordenador do Departamento de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (14).

Com informações do meio news

Foto: Reprodução