Na manhã desta terça-feira, 20, durante uma vistoria de rotina no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do Piauí (QCG), a vereadora Tatiana Medeiros (PSB) foi flagrada com um celular e um tablet escondidos dentro da cela onde está presa desde o dia 3 de abril. A descoberta foi feita pela própria Polícia Militar, que imediatamente tomou as providências cabíveis.
De acordo com o coronel Scheywvan Lima, comandante de policiamento, Tatiana confessou que os equipamentos foram entregues por seu advogado.
“Ela relatou que recebeu do seu advogado, foi o que ela confessou. Está filmado, está gravado, tem várias testemunhas”, afirmou o oficial em entrevista.
Providências imediatas Assim que os aparelhos foram encontrados, a PM comunicou à Corregedoria da corporação, à Polícia Federal, à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e à juíza responsável pelo caso. Os objetos foram apreendidos e um relatório foi enviado ao subcomando da PM, que passou a acompanhar o caso diretamente.
"O primeiro trabalho foi determinar ao subcomandante que faça as providencias legais. Assim que tomamos o conhecimento, comunicou a corregedoria para abrir um procedimento investigatório sobre o caso e posteriormente comunicar a OAB, comunicar a Polícia Federal, a juíza competente do caso, fazer a apreensão do material e um relatório encaminhado ao subcomando geral que é chefe do estado maior, o qual designamos para tomar de conta especificamente desse caso."
Segundo o coronel, a Polícia Federal já requisitou o material para perícia e, assim que o ofício formal for recebido, os equipamentos serão encaminhados para análise técnica. A apuração busca identificar como os dispositivos chegaram até a cela e se houve participação de agentes externos.
Já recebemos o contato da Polícia Federal que requisitou o material para fazer a perícia. Então logo que chegue a solicitação formal iremos encaminhar para a Polícia Federal esse material para ser periciado e a da ação de providência.
Defesa nega envolvimento A declaração da vereadora, no entanto, foi contestada por sua defesa. Em entrevista, o advogado Édson Araújo, que integra a equipe jurídica de Tatiana, afirmou desconhecer qualquer entrega de aparelhos eletrônicos à parlamentar.
"Eu não estou sabendo, eu não levei celular, mas não tenho conhecimento do caso [...] é improvável que alguém da defesa dela tinha levado aparelhos para lá [...] vou falar com todos os outros e ver qual é a informação deles, acho muito improvável que qualquer advogado tenha feito isso, declarou um dos advogados da vereadora, doutor Édson Araujo", declarou o defensor.
Estado de saúde e segurança Ainda segundo o coronel Scheywvan, após a divulgação do caso, Tatiana passou mal e recebeu atendimento médico.
“Recebemos informação que ela passou mal e está lá necessitando de cuidados médicos. Essas providências foram adotadas para dar suporte a ela, que ela precisa e tem direito”, completou.
Questionado sobre uma possível transferência da vereadora, o coronel afirmou que o local atual, um alojamento feminino com fluxo intenso de pessoas, não é o mais adequado.
"O local onde ela está é um. Alojamento feminino que é um corredor que há muito fluxo de pessoas. Também é muito complexo para ela o próprio banho de sol, porque é onde as tropas ficam, que entrem em forma, que é a contabilizar a distribuição do policiamento, então não é um local muito adequado", afirmou o coronel.
Investigação em curso A situação envolvendo Tatiana Medeiros segue sob investigação. A confissão registrada pela Polícia Militar será confrontada com a versão da defesa e com os resultados da perícia nos aparelhos. A expectativa é que, a partir desses elementos, os órgãos competentes possam esclarecer o episódio e tomar eventuais medidas disciplinares e judiciais.
Com informações do meio news
Foto: Arquivo pessoal