Na manhã desta sexta-feira, 04, a vereadora Tatiana Medeiros passa por audiência de custódia, no Tribunal Regional Eleitoral. A parlamentar, presa pela Polícia Federal por suposto crime eleitoral, possível envolvimento com facção criminosa e compra de votos com dinheiro proveniente dessa organização. Esta é a segunda fase da operação Escudo Eleitoral, que teve a primeira fase realizada em dezembro de 2024.
Tatiana Medeiros chegou ao TRE por volta de 08:30h. Antes da audiência a vereadora portava uma bíblia. Durante a audiência a produção de imagens foi proibida.
Apesar da defesa pedir a suspensão da prisão e o Ministério Público Federal pediu vistas, o juiz Luiz Henrique Moreira Rêgo manteve a prisão e concedeu a medida para ela ser transferida para uma sala de Estado Maior, no Quartel do Comando Geral (QCG). A Ordem dos Advogados do Brasil, secção Piauí, se habilitou no autos do processo.
Entenda o Caso
A Polícia Federal cumpriu nesta quinta-feira (3) mandados de prisão preventiva, expedidos pelo juiz eleitoral Luís Henrique Moreira Rêgo, contra a vereadora Tatiana Medeiros e o seu namorado Alandilson Cardoso Passos (que já está preso em Minas Gerais).
As prisões aconteceram dentro da segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, com o objetivo de combater a atuação de facções criminosas no processo eleitoral das Eleições municipais de 2024.
Também foram cumpridos oitos mandados de busca e apreensão em endereços ligados à parlamentar e outras pessoas próximas. O carro da mãe dela Odélia Medeiros foi apreendido, além de aparelhos eletrônicos e documentos no Instituto Vamos Juntos. O padrasto Stênio Ferreira e a secretária Emanuely Pinho foram afastados das funções públicas e a própria vereadora está proibida de ir à Câmara Municipal e ao seu Instituto, que teve as atividades suspensas.
A defesa da vereadora nega que ela tenha cometido crime eleitoral ou que tenha recebido recursos de facção criminosa. E aguarda acesso aos autos para elaborar a defesa.
Já a Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Piauí (OAB-PI), afirmou que a Polícia Federal não cumpriu o que determina a Constituição Federal, já que a OAB não acompanhou o cumprimento dos mandados de prisão da vereadora e de busca e apreensão em sua residência, como deve ocorrer quando advogados são alvo dessas medidas e que por isso foi arbitrária e pode ser anulada.
Com informações do cidade verde