Na manhã desta sexta-feira, 10, mais duas pessoas foram presas em Timon, sob suspeita de envolvimento no assassinato da diarista Mauricélia Rodrigues de Lima, de 36 anos (foto). Com essas prisões, o número de detidos pelo crime chega a quatro, incluindo o ex-companheiro da vítima, Francisco Nelson, (foto) e um adolescente de 15 anos.
Mauricélia estava desaparecida desde 23 de agosto de 2024 e foi encontrada morta em estado avançado de decomposição no dia 7 de setembro, no povoado Gameleira, zona rural de Timon.
De acordo com o delegado Otávio Chaves, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Timon, os presos desta sexta-feira foram Francisco Lelson, de 19 anos, filho de Francisco Nelson e apontado como um dos executores do crime, e Maria da Cruz, irmã de Nelson.
“O filho tem claro envolvimento na execução, em tirar a vida da Mauricélia, ajudou também na ocultação do cadáver. Já a outra senhora ajudou a arquitetar o crime, providenciando um dos instrumentos utilizados para matar a vítima, que foi uma faca, e colaborando na promessa dos valores que seriam pagos tanto ao adolescente quanto ao outro suspeito. Está bem claro o envolvimento dos dois nesse crime”, afirmou o delegado.
Segundo Otávio Chaves, Maria da Cruz não tinha uma boa relação com a vítima. No dia do crime, após o homicídio, os executores teriam retornado à casa de Maria, e o celular de Mauricélia chegou a se conectar ao Wi-Fi do local.
“Ela [Maria da Cruz] não se dava bem com a vítima, e Mauricélia já havia deixado claro que não queria continuar o relacionamento com Francisco Nelson. Ele, no entanto, manifestou aquele ditado maléfico: 'se não ficar comigo, vai morrer'. Então, ele desejava a morte dela, insuflou tanto o filho quanto a irmã para ajudarem a arquitetar o crime, e eles tomaram as dores dele”, destacou Chaves.
A investigação aponta que Mauricélia e Francisco Nelson haviam se separado, mas ele não aceitava o término. O delegado também explicou que a vítima enfrentava uma situação financeira difícil, o que teria sido usado por Nelson para atrair Mauricélia ao local do crime.
“A Mauricélia vivia em uma situação bem complicada financeiramente. Ela tinha cinco filhos e o ex-companheiro fez promessas de que tinha conseguido dinheiro. Por isso, ela entrou no carro dele [no dia do crime], acreditando que receberia essa ajuda, mas acabou encontrando a morte”, revelou o delegado.
O inquérito foi finalizado, e os suspeitos irão responder por homicídio qualificado, com as qualificadoras de feminicídio, motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. O crime foi cometido com pancadas e facadas.
“Ela foi morta tanto com pancadas quanto com faca. O caso já está fechado, e as prisões pendentes foram realizadas. Acreditamos que as qualificadoras aplicadas levarão a uma condenação pesada para que seja feita justiça”, concluiu Otávio Chaves.
Com informações do cidade verde
Foto: reprodução