“Agora pode virar o feitiço contra o feiticeiro”, diz um trecho do áudio enviado pelo sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Piauí, Gilvan Freitas Rodrigues, à sua ex-esposa Yara Ataíde. Na noite desta quarta-feira (18), ela usou suas redes sociais e desabafou que por 7 anos viveu debaixo de agressões e ameaças do ex-marido.
O QUE O BOMBEIRO DIZ NO ÁUDIO?
Na conversa, Gilvan Rodrigues ameaça a ex-companheira e os filhos dela. Segundo a jornalista, ela já chegou a registrar um boletim de ocorrência e pedir medidas protetivas contra o homem, que tem histórico de violência e já a agrediu, inclusive quando estava de resguardo de um dos filhos.
“E outra coisa, tu esquece, se por acaso eu perder a minha farda, eu vou prejudicar as dos teus filhos, teus filhos vão junto, tu vai junto, então tu esquece isso aí né, mas fica a vontade, vai embasada viu, que agora pode virar o feitiço contra o feiticeiro, vai embasada”, diz o áudio de Gilvan Rodrigues.
O QUE ACONTECEU?
Yara Ataíde contou também que decidiu contar o que estava ocorrendo após a última agressão do sargento. No dia 14 de setembro, revoltada ela expõe a violência, registrada por um câmera de segurança da casa dela. Após isso, o homem voltou a ameaçá-la.
“Das outras vezes eu me recuava, guardava para mim e hoje eu tô aqui falando publicamente para todas as mulheres que sofrem violência doméstica, não se recuem, não se calem, porque é muito difícil romper esse ciclo. Mas hoje, ontem, na verdade, eu rompi o meu ciclo de 7 anos”, disse a jornalista.
AUSÊNCIA DO CORPO DE BOMBEIROS
Nas primeiras agressões, Yara Ataíde chegou a procurar o Corpo de Bombeiro do Estado do Piauí, que segundo ela “fez vista grossa”.
“Uma das primeiras agressões que ele fez contra mim, ele botou arma na minha boca, ele tinha porte de arma, só que como ele foi preso já em flagrante, a arma foi recolhida, inclusive o Corpo de Bombeiros do Piauí já está renovando para ele voltar à posse de arma [...] ele já chegou a me dar uma coronhada na minha cabeça”, explica.
A jornalista acrescentou que foi o Tribunal de Justiça do Piauí, onde trabalha atualmente, que prestou apoio. Na manhã desta quinta-feira (19), o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí (CBMEPI) informou que repudiou a cena de violência doméstica e comunicou a abertura de um procedimento administrativo para apurar a conduta do militar, tanto no exercício de suas funções quanto em sua vida pessoal.
Com informações do meio news
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