No início da tarde desta sexta-feira, 13, o empresário Manuel de Jesus do Nascimento e Silva Neto, de 25 anos, teve a liberdade provisória concedida durante a audiência de custódia realizada na 1ª Vara da Justiça Federal. Ele foi preso em flagrante ontem ao sacar R$ 1,5 milhão em estacionamento de um shopping pela Polícia Federal (PF) e foi indiciado por lavagem de dinheiro.
A liberdade foi concedida com medidas cautelares, entre elas, o pagamento de R$ 15 mil em fiança e a proibição de entrar em nenhuma agência bancária sem autorização judicial.
"O magistrado de forma prudente entendeu em conceder a liberdade provisória mediante algumas medidas cautelares, incluindo o monitoramento eletrônico,comparecimento à agência bancária só com autorização judicial e uma fiança arbitrada no valor de R$ 15 mil", informou Gustavo Uchoa, advogado do empresário.
Ele chegou ao prédio da Justiça Federal, na avenida Miguel Rosa, por volta das 12h40 em uma viatura da Polícia Federal e depois do encerramento da audiência, por volta das 15h, ele foi embora com o advogado. A audiência fechada demorou cerca de 2 horas e foi presidida pelo juiz Gustavo André Oliveira dos Santos.
Na audiência de custódia, representantes do Ministério Público e da PF pediram a prisão preventiva do empresário, mas não foram acatados. "A defesa se manifestou no sentido de que não houve flagrante e não houve o crime de lavagem de dinheiro, até porque, para se caracterizar a prática do crime de lavagem de dinheiro, teria que ter ficado delineado um crime antecedente, e isso não ficou demonstrado no procedimento até a presente data", ressaltou o advogado.
Manuel de Jesus foi preso ontem (12) no estacionamento de um shopping de Teresina, na zona Leste da cidade com R$ 1,5 milhão em dinheiro dentro de duas mochilas. Ele e o motorista do carro foram conduzidos a sede da PF, mas o motorista foi liberado em seguida.
Segundo a investigação, um Policial Militar faria a segurança do dinheiro, mas conseguiu fugir durante a abordagem. Além do dinheiro foi apreendido "santinho" de um candidato a vereador, que já negou qualquer envolvimento com o preso.
Um vídeo gravado por populares mostra o momento em que a PF o aborda enquanto ele seguia em direção ao carro no estacionamento de shopping, ao deixar a agência bancária.
O empresário é apontado como proprietário de um frigorífico no bairro Vale Quem Tem, na zona Leste de Teresina. Durante depoimento na PF, ele informou apenas que era corretor de veículos e que o dinheiro era lícito e foi sacado de sua conta da agência do Banco do Brasil no shopping da capital. O empresário permaneceu a maior parte do tempo em silêncio.
A delegada de Direitos Humanos e Defesa Institucional da PF, Milena Caland, que acompanha a investigação de crimes eleitorais, informou que o inquérito apura se houve associação criminosa e as outras pessoas envolvidas.
O veículo foi aprendido e vai passar por perícia.
Com informações do cidade verde
Foto: Divulgação PF/PI