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O assassinato da enfermeira Jandra Mayandra, de 36 anos, foi um crime encomendado para "silenciar" a vítima e evitar que ela denunciasse esquemas fraudulentos envolvendo uma fundação que administra unidades de saúde no Ceará, segundo informação que consta no Diário da Justiça Eletrônico. A enfermeira foi assassinada em 15 de maio deste ano, no Bairro Pirambu, em Fortaleza.

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"Consta do relatório de investigação que os executores da vítima a seguiam desde seu local de trabalho, o Hospital Dr Osvaldo Cruz. Ainda apontaram como motivação do crime o cargo que a vítima Jandra ocupava no hospital, que sua morte, possivelmente, foi a solução encontrada para silenciá-la a respeito de informações privilegiadas envolvendo a Fundação [...] e o processo em que esta estava sendo investigada na cidade de Juazeiro do Norte, acontecimentos diretamente relacionado ao investigado", diz um trecho do documento. De acordo com a publicação, o diretor, que teria sido o responsável pela contratação da vítima na fundação e no atual hospital em que ela trabalhava, apresentou "inconsistência" durante o depoimento. Para a polícia, a morte de Jandra pode estar relacionada ao processo que culminou com a intervenção na fundação.

Em nota, a Fundação Leandro Bezerra de Menezes esclarece que o então diretor mencionado não faz mais parte da instituição desde 2021. "A Fundação repudia veementemente qualquer ato de violência e está à disposição da Justiça para colaborar com as investigações", afirma, em nota.

 

Ainda segundo as informações do Diário da Justiça, o homicídio da enfermeira possui características daqueles efetuados por “assassino profissional” e ela seria o alvo por possuir informações privilegiadas sobre a fundação em que atuava, que recebe recursos milionários e é denunciada por fraudes.

Jandra Mayandra da Silva Soares, de 35 anos, foi morta a tiros por um motociclista durante uma discussão no trânsito em Fortaleza. — Foto: Arquivo pessoal Jandra Mayandra da Silva Soares, de 35 anos, foi morta a tiros por um motociclista durante uma discussão no trânsito em Fortaleza. — Foto: Arquivo pessoal

O diretor teve o celular apreendido, e a Justiça autorizou acesso ao conteúdo do aparelho pela polícia para investigação criminal.

"Há indícios, portanto, de que o crime foi planejado, bem como de que em face do modus operandi houve divisão de tarefas para fins de seu êxito, razão pela qual o acesso a aparelho telefônico se faz imprescindível para fins de obtenção de informações referentes às circunstâncias do crime, e modo de organização dos agentes envolvidos, informações que não poderiam ser obtidas por outros meios, considerando que o planejamento do crime, por certo, alcançou também etapa posterior, a de ocultação de elementos relacionados à autoria e à participação", consta no documento.

Por meio de nota, a Fundação Leandro Bezerra de Menezes afirmou que não faz a gestão do hospital em que a vítima trabalhava. Diz ainda que o então diretor não faz parte da instituição desde 2021. Complementa dizendo que repudia veementemente qualquer ato de violência, e está à disposição da Justiça para colaborar com as investigações.

G1ceara