Os suspeitos que teriam abordado a equipe da emissora Antena 10 e atirado contra o carro em que estavam o repórter Tony Black e o cinegrafista Cripiano assaltaram várias pessoas da região. As vítimas afirmaram que eles estavam muito alterados.
Segundo as vítimas, eram inicialmente três bandidos em duas motocicletas. Primeiro abordaram uma mulher, uma representante de vendas, que estava chegando à sua residência no bairro Monte Castelo, e roubaram uma motocicleta. Saíram então os três bandidos, um em cada motocicleta.
Depois abordaram Tony Black e o cinegrafista Cipriano. A suspeita é que queriam levar o carro. Chegaram a destruir a janela do carro, onde estava o cinegrafista como motorista e Tony Black no banco de passageiro. As vítimas saíram do carro, e Cipriano foi agredido com uma coronhada, mas eles acabaram não levando nada das vítimas.
“Foi muito sufoco, porque eu pensei que eles tinham matado meu colega de trabalho. Quando a gente viu o assalto [da mulher], quando a gente menos espera, eles estavam cercando o carro. Eram três, cada um em uma moto, e estavam drogados, eu posso afirmar isso. Não era cachaça, era droga. Foi questão de três a quatro segundos que eles pararam, gritaram e a gente ouviu um forte barulho. Eu sai do carro e rolei para o chão e me fingi de morto, fiquei até molhado porque tinha água no chão. O Cipriano também desceu e eles deram duas coronhadas. Eles ficaram pedindo uma arma, mas eu não estava armado”, afirmou Tony Black.
Ele agradeceu a oportunidade de sair com vida da situação. “Eu tenho 49 anos e eu quero cinco vezes mais. Foi um livramento total, eu estava com o meu broche do evangelho, e o evangelho é uma boa notícia, e a boa notícia é que estamos vivos”, declarou. Logo depois os criminosos fugiram e abandonaram a moto que foi roubada algumas ruas depois. No local um pedreiro chamado Alan Kardec e o sobrinho Ailton Silva, que é auxiliar de serviços gerais, foram agredidos e assaltados.
"Eu estava vindo para o trabalho quando eles chegaram, eram três. Abandonaram uma moto e depois vieram para cima de mim. Me deram uma coronhada, pediram o celular, mas eu estava sem, pois minha casa é próxima ao trabalho. Eles estavam bem alterados", afirmou Alan Kardec.
Depois eles ainda agrediram Ailton Silva. "Eu estava com o meu celular e eles levaram. Estavam muito alterados, me chutaram e colocaram a arma na minha cabeça. Disseram que iriam me matar se eu não desse o celular. Quando eles anunciaram o assalto eu me deitei no chão, eu fiquei com muito medo", disse Ailton.
Após o crime, eles ainda teriam roubado um carro na Macaúba.