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Na madrugada da última sexta-feira, 29, um casal gay foi vítima dos crimes de homofobia e lesão corporal por um estudante de medicina. O caso aconteceu em um bar de Parnaíba no litoral do Piauí. A reportagem, uma das vítimas identificada como Victor Chaves, descreve que o agressor proferiu palavras homofóbicas e agrediu seu esposo.

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O agressor identificado pelas vítimas como Moisés Costa Martins, é namorado de uma amiga que o casal conheceu na noite anterior ao ocorrido. Victor explica que ao chegar no bar, Moisés falou apenas com as mulheres da mesa, mas entendeu que poderia ser porque o estudante não conhecia os demais. Quando foi apresentado pela namorada, o estudante “surtou” e começou a agredir verbalmente os jovens.

Ele começou a me xingar de viad*, mandou eu tomar no c, disse para a namorada que ela queria ficar em uma mesa com um bando de viad*. Ele falou ‘é disso que vocês gostam’ e fez gestos de masturbação. Ela começou a pedir perdão, e eu chamei meu esposo, que estava fumando, fiquei com medo. Aí ele (Moisés), foi na mesa dele e pegou uma garrafa, foi quando meu esposo viu e veio correndo. O meu marido foi até ele e pediu respeito, empurrou ele no ombro. Foi quando a briga foi apartada pelos seguranças e ele convidou eles a se retirarem do bar”, disse.

Logo após o episódio, o esposo de Victor, Arthur Carvalho, de 28 anos, voltou para a área de fumantes, quando, em seguida, foi agredido com um soco na cabeça por Moisés. O momento foi descrito por Victor como o pior da sua vida.

"A gente pensou que ele tinha ido embora. Quando meu esposo voltou para fumar porque estava estressado cerca de 10 a 15 minutos depois, o agressor veio e deu um soco na cabeça. Meu esposo caiu desacordado e machucou a cabeça, a gente nunca passou por isso. Eu comecei a chorar. A gente saiu do bar e fizemos o boletim de ocorrência, logo em seguida, fomos para o IML realizar a perícia”, destaca.

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Moisés chegou no IML, logo em seguida, na companhia do seu pai. Victor relata que os policiais retiram os dois do local e, após isso, eles tentaram contato novamente para tentar fazer um acordo de paz através das redes sociais da namorada. Os jovens, porém, pretendem seguir com a denúncia mas relatam ter medo. O agressor cursa medicina na mesma faculdade de Victor, que tem medo de topar com ele pelos corredores da instituição.

Com informações do meio norte

Foto: arquivo pessoal