A Polícia Civil do Piauí vai solicitar a inclusão do nome do empresário Alisson Alencar Jorge, dono da JJ Veículos, alvo da Operação In Mago, na INTERPOL com objetivo de que ele seja preso em Portugal, para onde ele fugiu no mês de março. Ele é suspeito de integrar um grupo que atraía vítimas com a falsa oferta de emprego de motorista da Agespisa, a fim de conseguir dados pessoais e, assim, financiar veículos, que eram revendidos posteriormente.
Ao Ronda Nacional, da Rede Meio Norte, o delegado Humberto Mácola, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, relatou que Alisson Alencar, após ter ciência da operação, fechou a empresa que tinha em Teresina e deixou o local em que morava, fugindo para Portugal.
“Nós estamos à procura dele, justamente para que ele venha até o inquérito para esclarecer a participação dele. A informação que nós temos é que ele repentinamente fechou a empresa que tinha aqui, deixou o local em que morava, foi embora primeiro para o Ceará e depois para Portugal. Ele já estava sendo procurado por algumas vítimas”, conta o delegado.
Ainda segundo o delegado, na Operação In Mago foram presas 4 pessoas, faltando só o Alisson. Ele ainda conta que outras pessoas podem vir a ser presas, pois a investigação continua. Alisson era responsável por esquentar a documentação para o financiamento desses veículos.
“Nós estamos também na busca por esses veículos que foram jogados em Teresina e no Piauí, que foram financiados em nome dessas vítimas”, explica o delegado.
O delegado Humberto Mácola ainda conta que durante a operação, muitas vítimas estão aparecendo. Ele ia ao encontro das vítimas colher assinaturas com promessas de garantir uma vaga de emprego.
“Ele confirmava a empreitada criminosa com o oferecimento do emprego em virtude desse financiamento, sendo indispensável a presença do CNPJ, de uma empresa de compra e venda de veículos. Um banco financiador exige a presença disso, ele não faz o financiamento diretamente. Então o Alisson utilizava o CNPJ da empresa justamente para receber essa documentação que era repassada pelos os outros integrantes da organização criminosa e repassar para o banco”, completa.
MN
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