Um novo vídeo revela o momento em que o sargento do Corpo de Bombeiros, Gilvan Freitas, agride sua ex-esposa, a jornalista Yara Ataíde, em frente à residência dela. A agressão ocorreu na presença dos dois filhos do casal, de dois e quatro anos.
As imagens, captadas por uma câmera de segurança, mostram o militar aplicando um golpe conhecido como “mata-leão” na vítima, arrastando-a da calçada para dentro da casa.
Testemunhas, incluindo uma mulher e uma criança que passavam pelo local, também presenciaram o ataque.
Nesta sexta-feira, 20, a Polícia Federal deflagrou a Operação Caronte, com o objetivo de desarticular esquema criminoso de fraudes bancárias, especificamente na modalidade de invasão de contas e uso indevido de cartões de crédito.
As investigações identificaram alterações suspeitas em cadastros de clientes falecidos da Caixa Econômica Federal. O grupo utilizava principalmente dados de policiais mortos, como delegados e agentes das forças de segurança.
Equipes de policiais federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão em Teresina. As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara Federal da Seção Judiciária do Piauí, que também deferiu bloqueios em conta bancária e de recebíveis de máquinas de cartões de crédito.
Até o momento, foram identificadas fraudes que somam mais de R$ 230 mil, com potencial de atingir até mais de R$ 700 mil. Os suspeitos poderão responder por furto qualificado e estelionato, além de outros crimes que possam surgir no decorrer do processo investigativo.
Floriano está há cerca de 15 dias sem nenhum incidente de natureza grave (mortes ou tentativas de homicídios), bem como os crimes de furtos de motos, invasão de domicílios e roubos de aparelhos de celulares. Essas ocorrências estavam corriqueiras e se davam nos mais variados bairros da cidade e sem horários determinados, no entanto, com o aumento no efetivo policial (militar e civil), dado a Operação que está ocorrendo e com reforço procedente da Capital de onde vieram viaturas, os criminosos deram uma trégua e estão escondidos ou agindo em outros locais.
Tanto os traficantes, como os chefes de gangues e ainda os que se dizem integrantes do PCC e Bonde dos 40, recuaram.
Os desocupados que andavam em motocicletas, a maioria amados com armas de fogo, tomando motos e ainda invadindo comércios e residências também despareceram. No começo da operação ocorreram cerca de oito prisões e alguns com mandados de prisões.
“Agora pode virar o feitiço contra o feiticeiro”, diz um trecho do áudio enviado pelo sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Piauí, Gilvan Freitas Rodrigues, à sua ex-esposa Yara Ataíde. Na noite desta quarta-feira (18), ela usou suas redes sociais e desabafou que por 7 anos viveu debaixo de agressões e ameaças do ex-marido.
O QUE O BOMBEIRO DIZ NO ÁUDIO?
Na conversa, Gilvan Rodrigues ameaça a ex-companheira e os filhos dela. Segundo a jornalista, ela já chegou a registrar um boletim de ocorrência e pedir medidas protetivas contra o homem, que tem histórico de violência e já a agrediu, inclusive quando estava de resguardo de um dos filhos.
“E outra coisa, tu esquece, se por acaso eu perder a minha farda, eu vou prejudicar as dos teus filhos, teus filhos vão junto, tu vai junto, então tu esquece isso aí né, mas fica a vontade, vai embasada viu, que agora pode virar o feitiço contra o feiticeiro, vai embasada”, diz o áudio de Gilvan Rodrigues.
O QUE ACONTECEU?
Yara Ataíde contou também que decidiu contar o que estava ocorrendo após a última agressão do sargento. No dia 14 de setembro, revoltada ela expõe a violência, registrada por um câmera de segurança da casa dela. Após isso, o homem voltou a ameaçá-la.
“Das outras vezes eu me recuava, guardava para mim e hoje eu tô aqui falando publicamente para todas as mulheres que sofrem violência doméstica, não se recuem, não se calem, porque é muito difícil romper esse ciclo. Mas hoje, ontem, na verdade, eu rompi o meu ciclo de 7 anos”, disse a jornalista.
AUSÊNCIA DO CORPO DE BOMBEIROS
Nas primeiras agressões, Yara Ataíde chegou a procurar o Corpo de Bombeiro do Estado do Piauí, que segundo ela “fez vista grossa”.
“Uma das primeiras agressões que ele fez contra mim, ele botou arma na minha boca, ele tinha porte de arma, só que como ele foi preso já em flagrante, a arma foi recolhida, inclusive o Corpo de Bombeiros do Piauí já está renovando para ele voltar à posse de arma [...] ele já chegou a me dar uma coronhada na minha cabeça”, explica.
A jornalista acrescentou que foi o Tribunal de Justiça do Piauí, onde trabalha atualmente, que prestou apoio. Na manhã desta quinta-feira (19), o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí (CBMEPI) informou que repudiou a cena de violência doméstica e comunicou a abertura de um procedimento administrativo para apurar a conduta do militar, tanto no exercício de suas funções quanto em sua vida pessoal.