O diretor do Fórum Criminal da cidade de Campo Maior, juiz Edson Alves (foto), admitiu pela primeira vez oficialmente a existência de um grupo de extermínio local, que ainda atua na prática de crimes por encomenda. O magistrado revelou que os criminosos desafiam a polícia e a justiça confessando a lista de mortes pelas quais são responsáveis.
Sem querer entrar em detalhes, o juiz disse que parte do grupo de extermínio de Campo Maior já foi condenada e está presa, mas existem outros membros que continuam atuando e planejando crimes na cidade. “Durante o julgamento de um desses exterminadores, ele disse para mim: Não fui eu quem matou essa pessoa, mas já matei outras pessoas que mereciam estar mortas”, contou o juiz.
Em 2010 vários homicídios foram atribuídos ao grupo de extermínio. O juiz disse que parte desses crimes foram esclarecidos, mas a grande maioria ainda continua impune. Edson Alves convocou a Polícia e o Ministério Público para tentar acabar de vez o grupo de extermínio em Campo Maior. “Nós não temos medo de está acabando com um mal social. Temos que defender a sociedade sem medo”, completou o magistrado.
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