Foi concluído nessa quinta-feira, 08, pela corregedoria da Polícia Militar, o relatório que apurava a conduta do capitão da PM, Alisson Watsson da Silva Nascimento, acusado de assassinar a namorada Camila Abreu.
O procedimento que decidiu pela expulsão do oficial dos quadros da corporação agora será encaminhado para a Procuradoria Geral do Estado e em seguida para o governador Wellington Dias, que deve decretar ou não a perda da patente de Alisson.
De acordo com a advogada da família de Camila Abreu, Ravenna Castro, o processo de demissão do oficial ainda pode levar um ano para ser concluído.
“O procedimento é burocrático, demorado, moroso, mas continuaremos acompanhando, ativos, combativos e sem desanimar, todas as etapas ate a efetiva exclusão da PM”, disse a advogada.
Relembre o caso:
O crime que culminou com a morte da estudante Camila Abreu aconteceu no dia 19 de junho de 2017, depois que o casal saiu de um quiosque na avenida principal do bairro Morada do Sol, zona Leste de Teresina e foi deixar uma amiga em casa. Mas o corpo só foi encontrado depois na zona rural de Teresina, no povoado Mucuim.
O próprio capitão da PM acompanhou os policiais para dizer onde abandonou o corpo. Imagens das câmeras de segurança de uma loja de venda de bancos de carros mostraram que ele ainda tentou ocultar provas, trocando o banco do carro, que ainda estava manchado de sangue, mesmo depois de o policial ter levado o veículo para lavar em um lava jato, depois que não conseguiu vender o veículo em Campo Maior.
No último dia 17 de novembro, a perícia do Instituto Médico Legal (IML) divulgou o laudo completo sobre a morte da estudante, no qual constava que a jovem passou por um “intensivo sofrimento” antes de ser baleada. O documento ainda revelou que, antes de falecer, Camila sofreu lesões no tronco e em uma das pernas. Só depois foi morta com um tiro na cabeça.
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