O que sobrou em mim e do meu interior foi a vida tranquila de rurÃcola, meu cartão postal de visita era o Rio ParnaÃba e a minha residência que até hoje vislumbra dentro do meu olhar, é uma paisagem cósmica impossÃvel de se imaginar, somente no Caldeirão e Mandacaru existem belezas que você não encontrará em outro lugar. Até hoje guardo em minhas recordações as lembranças das encostas das serras e dos riachos, onde as águas das chuvas banhavam as planÃcies costeiras da zona rural de Amarante.
Observei esses processos de sedimentações originados por desgastes das rochas que superam a erosão do tempo. Guardo apenas os bons sentimentos dos momentos vividos em meu lugar. Amo a casa onde nasci e vivi, recordo me dá câmara imóvel de assar bolos, cujo interior era aquecido com fogo, lá permanece até hoje as marcas das minhas mãos fixadas na parte externa do forno à lenha.
Quando ainda criança, passei a conhecer as pessoas por fora, jamais imaginária como elas poderiam ser por dentro. Mas no Ãntimo de minha alma enxergava Ãndoles humanas côncavas e convexas e por essa razão, questionava minha felicidade e a inocência da infância, porque só depois de adulto descobrir o quanto fui feliz no lugar onde nasci.
Sempre procurei entender meu interior, sua beleza vai além da essência é muito mais do que uma existência, está nas várzeas onde os bovinos vivem a ruminar, lá podemos encontrar as flores, o sol e o luar, é impossÃvel você visitar o Caldeirão e o Mandacaru e não se apaixonar, ficar impressionado com a vista panorâmica dos seus componentes naturais que podem ser enaltecidos por qualquer olhar. Veja o vÃdeo.
Da redação