O rio Parnaiba é minha pátria! Tem água e terra, cidades e zonas rurais. Os caminhos das correntezas banham lugares invisveis e a incerteza do dia seguinte é sua visão panoramica, onde a luz noturna reflete em cada olhar, não existe em sua paisagem algo mais belo para se amar.
Não quero te perder, também não tenho pressa para viver. Quero todos os dias te ver, olhar e te adorar, visitar tuas nascentes e me apaixonar, sei que as águas já não mais regressam e se entregam ao mar.
Somete os brilhos de tuas águas me restam diante de um olhar, a noite ensombreia o encanto de tua existência. Eis uma vida em dois átomos que compõe uma particula molécular. Tua existência é o significado da materialização de um mundo criado por Deus e habitados por pessoas que não aprenderam a pensar e amar.
Quando me aproximo do Parnaiba quero ficar a sós. Parece que algo me desperta de forma brutal, vejo sonhos que ainda se escondem na alma, embora exista só a saudade no coração da infância de quando criança, onde não se convivia com o mal.
Meu amor não é passado. Lembro do rio e volto a reviver, contrariando meu ser, mesmo quando percebo que um dia ele possa morrer continuarei lhe amando e clamando para que ele continue a viver. Nas águas do Parnaiba fico com um sereno olhar, sinto um louco amor e de tanto imaginar, esqueço se estou diante do rio ou do mar.