Olho para o Parnaíba e vejo outra região, onde um cenário cobre os meus olhos diante de um deserto sem vegetação. O sol se tornará ardente e a terra poreja de tamanha queimação.
Vejo a face de um povo com pouca visão, onde só existem lágrimas do sentimentalismo individual e pessoal em cada coração. É o retrato de uma população sofrida que vive de paixões políticas e ilusões.
Quando analiso o futuro, vejo o Rio vazio, as lágrimas caem sobre o chão, em saber que um dia o Parnaíba ficará sem água e sem vegetação.
Observo as pessoas, maior é a decepção, pois elas são as únicas culpadas por tamanha destruição. Vejo os esgotos contaminados, no Rio a desaguar, como se tudo fosse natural ou algo normal para se ponderar.
Cada dia se ouve um pedido de socorro do Parnaiba, sua dor é latente. O tormento do desamor humano de uma vida flagelada, com parte das águas altamente envenenadas, destruindo a vida aquática e causando desiquilibrio na existência animal e vegetal.
Vejo o Rio agonizando, há tempos a sua morte é anunciada de forma premeditada, a cada segundo a composição química da sua água é dilacerada e a sua vida aos poucos vai sendo decepada. Veja o vídeo.
Da redação