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O silêncio envolve a vida e os alisios do passado e do futuro. Um diálogo que compõe-se de um falante e um ouvinte. O ouvinte é, então o sujeito silencioso. Mas se  alguém ouvir não é passivo naturalmente, o ouvinte muitas vezes não imterpreta a voz do pensamento e  nem  o silêncio da vida.

A vida é um silêncio mistérioso, se divide em fases e nada volta ao passado.  As imagens que nos vêm à cabeça são do silêncio da natureza, do deserto, do fundo do mar, em qualquer espaço pode se ouvir o silêncio, ele sempre significa a compreensão da existência de qualquer ser vivo.

Cabe a cada um  enquanto interpretar a vida, saber o que fazer. Nem o presente e muito menos o futuro.   Certamente o futuro é ausente, não faz parte do presente. Mas a meditação faz-se tão difundida e desejada no mundo do silêncio. Por isso poucas pessoas percebem o silêncio, ou  não-falam, porque não sabem  transitar pelas possibilidades do silêncio, e não percebem o  quanto ele é significante.

A negação do silêncio pode então ser muito verborrágica. Podemos observá-la diariamente nas redes sociais, torna-se bastante irônica que te convida a ficar quieto, portanto, o silêncio é uma necessidade ainda inconsciente para muitas pessoas. 

O silêncio é um espírito meditativo, a condição do recolhimento, o resultado de um pensamento interior tão rico que se abstém de toda formulação exterior. Ou o resultado de um espírito vazio, de um pensamento infecundo,  incapaz de produzir qualquer barulho.

Podemos afirmar  que o silêncio é signo de sabedoria recolhida, que  reflete em uma só fala do conhecimento, pode-se retorquir que ele é o simbolo  da  osorioloucura,  é uma angústia, o abatimento, o autismo, o sofrimento profundo dos grandes melancólicos.

Na literatura a representação desse silêncio,   basta a comunicação humana para além da imaginação. No silêncio é possível  encontrar significações intensas de cumplicidade e de compreensão. Podemos exergar  emoções, portanto, devemos  explorar o silêncio, e só assim conheceremos o limite da razão humana.

 Poema de José Osório Filho.