Olho nas pessoas e sinto a ausência de sensibilidade emocional. Há tempos procuro seres verdadeiramente humanos, mas não encontro-os, talvez eles não existam. Os homens racionais desapareceram lentamente da face do planeta. Vivemos em uma humanidade sem presente e, consequentemente, sem futuro. Nossa educação e nossa cultura deixaram de contribuir para o crescimento do indivíduo enquanto ser que faz uso da razão.
Em um adjetivo de dois gêneros, podemos observar a primeira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo pensar. Quem não ama a literatura é incapaz de mensurar o amor de quem escreve e vê em cada passo um gesto de refletir e fazer uma análise de comportamento de tudo que circula ao seu redor. Sendo assim, esse ato faz com que a pessoa retorne ao passado e volte sobre si próprio por meio do entendimento da razão e do próprio sentimento da alma e da percepção.
As pessoas que vivem atrás de poder e de dinheiro são incapazes de meditar, porque a razão é mesquinha, ofusca o cérebro e a visão, tornam-se insensíveis. Ninguém sabe se esses indivíduos possuem qualquer essência que possa ser considerada como âmago, espírito, bojo ou coração.
Para onde vai essa humanidade? Diante de tamanha ignorância e ausência de índole, se preocupam apenas com seus planos pessoais e individuais momentâneos. Hoje eu não tenho nenhuma dúvida do fim das pessoas, assim como também não reconheço o “ser humano” como pensante, porque ele destrói a fauna, a flora e elimina a sua própria espécie.
Na minha concepção, os seres que se dizem pensantes são os piores animais existentes na face do planeta. Os considero, como inúmeras bactérias que podemos chamá-los de cocos ou colônias, uma vez que nunca se ouviu falar ou ficou constatado na história de qualquer bicho que um rude da mesma espécie elimine outro animal da mesma característica. Mas, o “ser humano” faz isso diariamente e outras atrocidades sem qualquer piedade ou receio.
Vejo as quadrilhas de homens e mulheres se alimentando da miséria da população, sem qualquer comoção. Dominam o povo em toda situação. O poder executivo administra as instituições, tanto financeira quanto social. O legislativo fabrica leis ao seu bel prazer e obriga os medíocres a obedecer. Tudo que as facções fazem é prejudicar e acabar com a dignidade humana, se mantendo à custa da miserabilidade mental, física e material de uma sociedade sem caráter e dignidade social.
O povo vive de aparência ilusória na sombra de um olhar, sequer sabem votar, não exergam e muito menos conseguem vizualizar, a pátria educadora não ensinou a pensar, são massa de manobra e qualquer alienado pode governar, não precisa possuir conhecimento, basta saber roubar. José Osório Filho.
Da redação