O mundo cria monstros. As pessoas, em sua grande maioria, são monstros em forma de humanos. Pseudo seres cobertos por um pigmento que envolve o esqueleto, com aparência de povo, cabeça de réptil e corpo de serpente.
Há dias que, em instantes raros, se observa uma vida inteira. Melhor mesmo é ter contatos com os animais de outras espécies do que suportar pessoas desnaturadas e de mentes assombrosas.
Qualquer pessoa que convive com monstros, deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se acredita muito na espécie humana, tudo quanto é ruim passa a olhar para você de forma torpe e pejorativa.
Grande parte dos seres que se dizem “humanos” tornaram-se uma caricatura, ou um monstro. O simples fato de vê-los já é algo repugnante. Ninguém escreve para si mesmo, a não ser um monstro de orgulho. Eu escrevo o que vejo e sinto por onde percorro a pé. Há horas que me falta sentimento e, ao mesmo tempo, sinto muita vergonha dos monstros que vejo durante o dia.
Cada um, enquanto existir neste planeta, possui uma missão mas, não existe algo pior do que lutar contra monstros. Os monstros não possuem genes recessivos de humanos, são uma mistura de animais serpentizados que, no futuro, poderá ajudar a entender o mistério da evolução morfológica dessa espécie ignorada pela vida.
Os monstros humanos são esses carrascos em forma de ajo, que gera ódio e repugnância nos seres menos apáticos, cria feridas profundas no sentimento de quem possui piedade. Os monstros mostram força dilacerante, são cheios de contradições e delirantes, nutrem suas facções criminosas para viver uma vida luxuosa, saciam-se da miséria assistencial de seres sem visão e sacrificam as ninharias de outras vidas, que vivem no submundo da indigência educacional, ecônomica e social.
Os monstros “humanos” são piores do que os parasitas conhecidos como haustórios, que encravam suas raízes no caule ou no tronco de seus hospedeiros, passando a sobreviverem dos esforços dos outros, sugando seu labor, sem dar nada em troca, ou desenvolvendo o papel de gestor.
Monstros são os proprietários de facções criminosas, que se predominam no poder, alimentam-se da seiva de sua labuta. Como não conseguem desenvolver uma atividade lícita, tornam-se organismos, perdendo a capacidade de produzir algo diferente e passando a viver como hospedeiros da população, causando estragos em uma geração e provocando todo tipo de indignação.
A política em seu sentido figurado seria a arte da habilidade e da cortesia civil. No entanto, no Brasil, transformou-se em organizações partidárias, com propósitos ilógicos e irracionais, onde os desvairados analfabetos e “alfabetizados” elegem os mesmos oportunistas, que são o sentido e a razão da obscuridão, aves de rapina sem sentimento e coração, símbolos da verdadeira ambição.
Um poema de José Osorio Filho
Da redação