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A florianense Sônia Rodrigues que é mãe do vigilante Marcos Aurélio Rodrigues de Almeida, 32 anos, que foi encontrado esquartejado dentro de um bueiro na QR 327 em Samambaia Sul- Distrito Federal, já esteve na 32ª Delegacia de Polícia para buscar informações sobre o assassinato brutal do jovem.

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Entre segunda (11/11/2019) e terça, foram achados o tórax, os braços e as pernas de Marcos. A cabeça e as coxas do vigilante, no entanto, permanecem desaparecidas.

Á imprensa, a mãe de Marcos Aurélio (centro da foto) disse querer justiça. “Estou inconformada com a perda do meu filho. Nunca mais vou vê-lo”, afirmou Sônia Maria Rodrigues de Almeida, 56 anos.

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De acordo com ela, Marcos tinha dois empregos. Trabalhava como segurança nas Lojas Americanas do Alameda Shopping, em Taguatinga, e em um bar no Setor de Indústrias Gráficas (SIG).

“Ele trabalhava nesse bar dia sim, dia não. No sábado, voltava para casa do serviço e me mandou mensagem pela última vez, às 7h30, falando que estava indo. Depois disso, não respondeu mais”, lembrou. 

Segundo Sônia, o filho sempre mandava mensagem e avisava quando estava fora de casa. “Ele sempre me dava satisfação. Falava: ‘Mãe, estou voltando, estou indo para tal lugar’. Porque ele morava comigo, então sempre me avisava”, contou, às lágrimas.

Ainda de acordo com a mulher, ele não cultivava nenhum tipo de inimizade. “Cuidava de mim e era muito presente. Nunca teve problemas com ninguém e sempre foi muito querido.”

A noiva de Marcos, a brigadista Francisleide Braga de Sousa, 38, relatou ter conversado com o companheiro pela última vez no sábado (09/11/2019) pela manhã.

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“Ficamos nos falando a noite inteira da sexta-feira [08/11/2019] por mensagem. No sábado, ele falou que estava saindo do trabalho. Depois de um tempo, minha sogra ligou, e ele já não atendia”, disse. 

“Pensamos que ele poderia estar no outro emprego, mas fomos ficando preocupadas, porque já caía a noite, e ele não chegava”, completou.

Sem notícias de Marcos, a família passou o domingo (10/11/2019) buscando informações do paradeiro. “Fomos em vários lugares. Procuramos a polícia e imagens de câmeras da Rodoviária [do Plano Piloto], mas não encontramos nada”, comentou a noiva.

Crime bárbaro
Após identificar o corpo de Marcos, investigadores tentam localizar o responsável pelo crime, cometido com requintes de crueldade. Segundo o delegado adjunto da 32ª DP (Samambaia Sul), Fernando Celso da Silva, “o esquartejamento foi uma tentativa de dificultar a identificação da vítima”.

De acordo com Fernando, partes do cadáver estavam em locais próximos à moradia da vítima. A identificação só foi possível com a análise de impressões digitais. As roupas do vigilante foram apreendidas para exame pericial.

 A família informou que o segurança sumiu quando voltava do trabalho, no SIG, e seguia rumo à Rodoviária do Plano Piloto. No terminal, pegaria um ônibus de volta para casa.

 

De acordo com a noiva, os pés e as mãos eram parecidos com os do segurança. “Além disso, tem uma cicatriz no antebraço direito idêntica à dele”, lamentou. Segundo ela, Marcos não tinha inimigos nem qualquer tipo de desavenças.

Crueldade choca
O caso chocou a quadra. Um despachante da rodoviária – que não quis se identificar – disse que nunca tinha ocorrido caso semelhante na região. “O terminal é tranquilo e não há registros de crimes com frequência. Vemos com surpresa essa situação, porque não é de acontecer. Aqui tem guerras de gangues”, afirmou.

O cobrador Félix Eduardo disse que todos os dias a vítima pegava a linha na qual ele trabalha, de Samambaia até a Samdu, em Taguatinga. “Na sexta [um dia antes de o homem desaparecer], ele pegou o coletivo na mesma parada, mas no sentido contrário.”

De acordo com Félix, a região é considerada perigosa. “Aqui era um lixão, uma pequena favela. Tinha tráfico, assassinato direto. Melhorou, mas ainda é perigoso. Recentemente, um cobrador da Marechal foi espancado aqui”, afirmou. O local onde o corpo foi encontrado é um terreno grande, com pontos de depósito de lixo. Os pedaços da vítima foram achados por crianças que passavam pela região.

Perícia no local
Segundo apurou o Metrópoles, o cadáver foi deixado no bueiro, de cerca de 3 metros de profundidade, há poucos dias. Após a coleta de digitais e exame de DNA, o Instituto Médico Legal (IML) confirmou a identidade da vítima.

Rosemberg Silva, 51 anos, mora em uma chácara perto do terminal. Para ele, a região é segura. “Vivo há dois anos e meio aqui. Todo dia faço o trajeto do terminal até a minha casa, e nunca foi perigoso. Meu filho também anda por essa região, às 23h, e nunca aconteceu nada com ele. É o primeiro caso que vejo de violência, mas acho que nem aconteceu aqui, devem ter cometido o crime em outra região e só desovado o corpo aqui”, destacou.

O comerciante Abimael Victor, 41, diz que a região merece atenção das autoridades da área de segurança. “É muito isolado e com pouca iluminação. Fiquei muito surpreso com essa história do corpo, porque nunca tinha visto nada com essa crueldade toda”, assinalou.

 Em Floriano-PI onde mora o avô materno e outros familiares é muita tristeza. A todo momento alguns vizinhos visitam  casa do seu Geraldo Amorim procurando por informações.

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