Uma reflexão me persegue a cada momento em que me decepciono com alguém, ou quando um amigo morre e é esquecido, ou quando percebo no fundo da alma, a falsidade de um coração, seja a mim ou a alguém do meu ciclo de relacionamento. Quantas vezes percebo que somos “aturados”, simplesmente porque oferecemos algo a alguém, ajudamos de alguma forma, temos uma posição social de destaque ou qualquer coisa afim.
Daí me pergunto cada vez mais: Quem é realmente seu amigo, quem realmente te ama incondicionalmente, quem gosta mesmo de você, aceitando o seu jeito de ser, as suas concepções de vida?
Será que as pessoas se aproximam de você porque se sentem bem ao seu lado ou porque você paga contas, dá presentes, o ajuda porque tem mais acesso e melhor condição financeira de fazê-lo?
Será que os que se dizem amigos estão sempre próximos porque o amam de verdade, rezam e torcem por você com o coração cheio de verdade? Ou será que fingem tudo isso porque podem precisar de você hoje ou amanhã? Quem realmente está disposto a ser seu amigo, daqueles que estão prontos a lhe alertar para os erros, criticar e ensinar quando for preciso, mas aceitando o seu jeito, ainda que seja um jeito ranzinza e sincero de ser? Que ao mesmo tempo se preocupe com você, sua saúde, seu estado de espírito, seus momentos de queda e de desânimo, no ponto a dar uma palavra que te levante do chão.
Sei que muito dos que nos odeiam fingem nos amar, mas o coração de cada um está sob o olhar e o julgamento de Deus. Que Deus nos abençoe e nos guarde.
Isral Lopes