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marieleO assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) foi motivado em razão de sua atuação política. Esta é uma das conclusões do Ministério Público do Rio de Janeiro na denúncia apresentada contra o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz. Eles são suspeitos, respectivamente, de atirar e conduzir o veículo usado no atentado que também vitimou o motorista Anderson Gomes na noite do dia 14 de março de 2018.

Os dois foram presos na madrugada desta terça-feira, 12. A denúncia formulada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MP-RJ classificou o crime como um “golpe ao Estado Democrático de Direito”. Eles foram denunciados pelos homicídios qualificados de Marielle e Anderson e tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, assessora da vereadora que sobreviveu.

O MP-RJ considera que o crime foi planejado de forma “meticulosa” nos três meses que antecederam as execuções. Além dos mandados de prisão, a chamada Operação Lume cumpre mandados de busca e apreensão em endereços dos dois acusados, para apreender documentos, telefones celulares, computadores, armas e acessórios. Ronnie Lessa é policial militar reformado e Elcio foi policial militar, tendo sido expulso da corporação.

Na denúncia apresentada à Justiça, o MP também pediu a suspensão da remuneração e do porte de arma de fogo de Lessa, a indenização por danos morais aos familiares das vítimas e a fixação de pensão em favor do filho menor de Anderson até completar 24 anos de idade.

As prisões ocorreram por volta das 4h e os policiais também cumprem 32 mandados de busca e apreensão. A ação foi batizada de Operação Lume, em referência a uma praça no centro do Rio de Janeiro, conhecida como Buraco do Lume, onde Marielle desenvolvia um projeto chamado Lume Feminista.

No local, ela também costumava se reunir com outros defensores dos direitos humanos e integrantes do seu partido, o PSOL. “Além de significar qualquer tipo de luz ou claridade, a palavra lume compõe a expressão ‘trazer a lume’, que significa trazer ao conhecimento público, vir à luz”, informa nota do Ministério Público.

 

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Ascom