Em seu primeiro ano de papado, que será comemorado na próxima quinta-feira, 13, o argentino Jorge Mario Bergoglio foi responsável por várias mudanças dentro e fora da Igreja. Mas para os comerciantes italianos, a principal "graça" alcançada por Francisco nesse período foi a de reanimar um mercado que estava cambaleante: o da venda de produtos religiosos com a imagem do papa.
Se Bento 16 foi um pontífice que não vendeu, seu sucessor tem sido sucesso absoluto no comércio das redondezas da praça de São Pedro, coração do Vaticano, e no centro de Roma.
"Até hoje, tem artigos de Bento 16 no estoque, encalhados. Baixamos muito o preço, mas mesmo assim ninguém compra. Já o papa Francisco vende bastante. Praticamente todos os artigos religiosos da loja hoje têm a cara dele. Chego a vender uns 70 por dia", conta o hondurenho Carlo Honduras, 23, que trabalha há dois anos no negócio de souvenires situado próximo à esquina entre as ruas Giulio Cesare e Ottaviano, nos arredores do Vaticano.
Segundo Honduras, toda a semana, sua loja recebe alguma novidade com a imagem do papa argentino. A desta semana, era uma pequena estátua de Francisco em resina, medindo cerca de 10 cm de altura. "Vendemos terços, calendários, imãs, estátuas que custam de um a 27 euros, e tudo tem procura", afirma acrescentando que o carro-chefe das vendas é o rosário perfumado, que sai por R$ 1.
70% do faturamento
Pouco mais à frente, na loja de número 73 da Via de Porta Angelica, a filipina Fatima Della Croce também não nega a superioridade do poder de vendas de Francisco. Há quatro anos trabalhando como caixa da loja, ela é categórica: "Bento [16] nunca vendeu. Nem temos mais coisas dele aqui. Mas Francisco vende. E vende bem. Posso dizer para você, sem erro, que agora ele é responsável por uns 70% das vendas da casa", diz. De acordo com ela, chegam a ser comercializadas por dia no local cem peças alusivas ao argentino para turistas de todo o mundo. "Não tem um grupo ou um país que compre mais. Todo mundo gosta dele."
Com informações do Uol