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normaA atriz e cineasta Norma Bengell, de 78 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira, 09, no Rio. Ela estava internada desde o último sábado no Hospital Rio-Laranjeiras, em Botafogo, Zona Sul, vítima de problemas respiratórios devido a um câncer no pulmão direito, que foi diagnosticado há seis meses.

 

Durante a internação, segundo familiares, Norma estava lúcida, mas não conseguia reconhecer algumas pessoas. A atriz enfrentava problemas de saúde desde 2010, quando sofreu duas quedas dentro de casa. Por conta desses acidentes, ela teve um problema na coluna e não conseguia andar.

 

Carreira de sucesso

Celebrizada na tela grande a partir de um polêmico nu frontal, o primeiro do cinema brasileiro, em "Os cafajestes" (1962), Norma Aparecida Almeida Pinto Guimarães D´Áurea Bengell conseguiu ir muito além de sua beleza - e mais além ainda das experiências estéticas do Cinema Novo - aos longo de seus 50 anos dedicados ao audiovisual.

 

 

Começou a atuar pela chanchada mais bem-sucedida da história do mercado exibidor nacional, "O homem do Sputinik" (1959). Ali, sob a batuta de Carlos Manga, seus olhos gulosos e a voz aveludada seduziram Oscarito, seu parceiro de cena, e uma multidão de pagantes (estimada em oito milhões e meio).

 

 

Depois dela, Norma passou pelas mãos de realizadores autorais como Walter Hugo Khouri ("Noite vazia"), Julio Bressane ("O anjo nasceu"), Paulo Cézar Saraceni ("A casa assassinada"), Glauber Rocha ("A idade da Terra") e Ruy Guerra, que tirou sua roupa para o prazer do "cafajeste" Jece Valadão e de uma multidão de 2 milhões de pagantes, e voltaria a escalar a atriz para seu mítico "Os deuses e os mortos" (1970), aclamado no Festival de Berlim.

 

 

 

Norma era uma das raras atrizes brasileiras que chegaram a uma grande popularidade mesmo com escassas participações na televisão. Em 1981, a atriz fez a novela "Os adolescentes", de Ivani Ribeiro, na Bandeirantes. Logo em seguida, na mesma emissora, participou de um enorme sucesso: foi Nena em "Os imigrantes", de Benedito Ruy Barbosa. Em 1983, foi para a TV Globo fazer a minissérie "Partido alto", de Braulio Pedroso (1984). Em 1989, a atriz voltaria aos folhetins em "O sexo dos anjos", trama também de Ivani. Mais recentemente, em 2006, a diva fez "Alta estação", uma novela juvenil da Rede Record. Entre 2008 e 2009, ela fez rir na série de humor "Toma lá, dá cá", da Globo, como Deise Coturno.

 

Com informações de O Globo