Orquestra Sinfônica de Teresina e João Cláudio Moreno se apresentaram nesta segunda-feira, 3, no Salão Negro do Senado Federal, em homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga. A apresentação antecedeu a sessão solene presidida pelo senador João Vicente Claudino e que contou com as presenças do também senador Ciro Nogueira e do deputado Osmar Júnior, que intermediou a apresentação dos piauienses em Brasília.
O repertório da apresentação da Cantata, que encantou os presentes, reuniu 13 composições do compositor pernambucano, como Asa Branca, Pau de Arara e Xote das Meninas. Eles mostraram alguns trechos do espetáculo, que começou a ser exibido em março deste ano, e mistura a batida nordestina e os acordes eruditos, sob o arranjo do maestro Aurélio Melo e a voz de João Cláudio Moreno.
“A obra de Luiz Gonzaga está permeada de pensamento lúdico, telúricos e ideológicos. Gonzaga era um gênio, alguém que não perdeu seu eixo, seu foco e nem suas raízes”, disse João Cláudio. Ele afirmou que é difícil definir a música de Luiz Gonzaga, que tem a tristeza, a alegria, a esperança, uma certa ingenuidade, pureza, um mistério que não é explicado. “A música de Gonzaga é eterna, atemporal, definitiva”.
O deputado Osmar Júnior diz que a apresentação dos piauienses emocionou e mostrou para o Brasil um espetáculo único. “ Foi uma homenagem justa e merecida ao “Rei do Baião”, que cantou como ninguém mais as alegrias e tristezas do povo nordestino”. O parlamentar, que se empenhou pessoalmente para garantir a participação da OST e João Cláudio na sessão, se disse satisfeito e feliz com o sucesso alcançado.
O cantor Fagner, os sanfoneiros Waldonys e Chambinho do Acordeon, que viveu o Rei do Baião no filme "Gonzaga: de Pai para Filho", do diretor Breno Silveira , expressaram seu orgulho com a obra deixada pelo artista pernambucano.
“ Todas as homenagens são merecidas e devidas, pois ele deixou um legado. Como seguidor de Gonzaga, quero abrir a possibilidade de agregar a juventude ao baião”, comentou Chambinho, que também é piauiense. Ele tocou os clássicos Asa Branca e Que Nem Jiló.
ASCOM