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reginadouradoRegina Dourado morreu neste sábado, 27, às 11:20h, aos 59 anos, em Salvador, vítima do câncer de mama. A atriz estava internada no hospital Português da Bahia . O velório está sendo realizado desde as 16:00h desse sábado, no cemitério Jardim da Saudade, em Salvador. Uma cerimônia religiosa homenageará a atriz, no local, às 15:h deste domingo, 28. Logo após, o corpo será cremado. 

 

Tanto a missa quanto o velório serão abertos ao público, já a cerimônia de cremação será reservada à família. A notícia da morte de Regina deixou tristes profissionais da TV e do teatro que trabalharam a seu lado.

 

A atriz Miriam Freeland, que contracenou com Regina na folhetim Bicho do Mato, ficou emocionada ao saber da partida da amiga.

 

— A Regina foi uma atriz muito importante da teledramaturgia e sempre foi uma pessoa muito alegre. O sorriso dela é ícone da TV e transmitia esperança a todos os brasileiros. É uma perda irreparável, ainda mais para uma doença tão cruel.

 

Adriana Garambone, que também trabalhou com Regina na mesma trama, disse que sempre aprendeu com a baiana.

 

— Estava sabendo que, infelizmente, ela estava nos últimos dias. Era uma atriz maravilhosa e brilhante. Tinha uma emoção bonita de se ver. Era uma atriz de verdade, que trabalhava pelo ofício do ator e não para virar uma celebridade. Regina é exemplo para todos nós.

 

Regina Dourado tinha uma das gargalhadas mais gostosas da televisão. Sua beleza brasileira e seu olhar cheio de uma simpatia reconhecida em qualquer canto do País cativavam o telespectador a cada aparição. Regina era uma metáfora do brasileiro, povo lutador que, mesmo diante de adversidades, mantém a alegria estampada no rosto. Foi assim também em sua luta contra o câncer.

 

Os mais recentes trabalhos da atriz na TV foram as novelas Caminhos do Coração (2007), de Tiago Santiago, e Bicho do Mato (2006), de Bosco Brasil e Cristianne Fridman, ambas na Record.

 

O maior sucesso de sua carreira foi a personagem Lucineide, na novela Explode Coração (1995), de Gloria Perez,  quando contracenou com Rogério Cardoso e lançou o bordão: "Stop, Salgadinho!".

 

 

Começo na TV com Jorge Amado

 

Alegria poderia ser o sobrenome desta baiana nascida em 22 de agosto de 1953 em Irecê. Ela começou no teatro aos 15 anos, na Companhia Baiana de Comédia, em Salvador.

 

Em uma das férias no Rio, conseguiu o convite para estrear na TV, onde fez mais de 20 trabalhos. Tinha apenas 25 anos quando surgiu no especial A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água (1978), adaptação da obra de Jorge Amado dirigida pelo mestre Walter Avancini na Globo. Logo, emendou sua primeira novela, Pai Herói (1979), de Janete Clair, na mesma emissora. Sua última novela na Globo foi América (2005), de Gloria Perez, na qual viveu a personagem Graça a convite da própria autora. Na época, Regina se recuperava do primeiro tratamento quimioterápico.

 

Um grande momento em sua carreira foi a personagem Morena, na novela Renascer (1993), de Benedito Ruy Barbosa – foi aí que ganhou o respeito da crítica e cativou de vez o público brasileiro.

 

A atriz também se destacou quatro anos depois, como Alzira, na novela Anjo Mau (1997), de Maria Adelaide Amaral.

 

 

R7