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atrizpiauianse11102012A ex-BBB Gyselle Soares acaba de estrear no teatro francês. Para viver a governanta Rosaria na peça “Les Derniers Jours de Stefan Zweig” (“Os últimos dias de Stefan Zweig”), em cartaz no Teatro Antoine, em Paris, a bela teve de cortar um pouco as madeixas e deixar de lado a maquiagem pesada. “Foi feito um corte curto médio estiloso, na altura da clavícula, que está super na moda aqui em Paris. Antes estava bem longo, estilo Gabriela, mas para a peça era impossível, pois uso sempre coques, e cabelo comprido fica pesado. Então, tive que cortar mesmo”, conta ela, que também teve de abrir mão da máscara nos cílios que gosta de usar no dia a dia.

 

“Minha personagem requer uma maquiagem mais natural. Rosaria só usa base cor da pele e batom cor da boca”, explica. “No dia dia, gosto de usar bastante máscara nos cílios total black para ressaltar os meus olhos e, no rosto, sempre uso uma base natural e um blush rosinha para dar aquela cor de saúde no rosto. No cabelo, adoro fazer cachinhos. Eu mesma faço em casa para dar aquele volume de mulher fatal antes de sair”, conta ela.

 

Mas o segredo número um de beleza da ex-BBB é outro: “Tomo suco de beterraba toda manhã para ter energia o dia inteiro. Ele tem muitas vitaminas, é bom para pele e aumenta bastante a resistência física”, diz. Mesmo com agenda cheia, a bela não deixa de se cuidar. “Malho diariamente. Faço musculação duas vezes por semana e zumba, três vezes. É uma dança com vários ritmos latinos”, comenta.

 

Perguntada sobre o segredo de beleza que aprendeu com as francesas, Gyselle não titubeia. “Nunca lavar o rosto com água da torneira, que aprendi lendo uma revista sobre como as francesas têm pele sempre perfeita e jovem. A água aqui tem muito calcário e prejudica a pele, pois é agressiva. Só lavo meu rosto com agua termal da marca La Roche-Posay”, entrega.

 

Apesar do cuidado com a pele, é o cabelo que preocupa mais Gyselle. “Como tenho os fios muito secos, faço hidratação uma vez por semana. Tem um Spa Latino perto de casa e é lá que relaxo de 15 em 15 dias. Faço tudo: depilação, as unhas, drenagem linfática…”, enumera.

 

Preparação

A experiência pessoal como babá serviu de repertório para Gyselle viver o papel no teatro. “Para interpretar a governanta eu já tinha uma boa bagagem. Aos 18 anos, quando fui embora do Nordeste para tentar uma vida melhor fora do país, fui empregada em casa de pessoas ricas na Suíça”, lembra.

 

Gyselle conta que precisou trabalhar o tom da voz, que é baixo, para o papel. “Tive que falar mais alto, projetar mais a minha voz. O teatro onde estou atuando é muito grande e eu falo baixinho”.

 

A temporada da peça, que estreou na quinta, 4, vai até janeiro de 2013 e ficará em cartaz durante três meses. “Só não me apresento aos domingos. É muito intenso e estou adorando trabalhar assim, todos os dias. É diferente. A personagem vai pegando sua forma e crescendo mais a cada dia”, opina Gyselle, que só vai poder vir ao Brasil depois de terminar a temporada.

 

“Estou voltando para fazer um filme franco-brasileiro do diretor Frances Alain Maline. Depois, tenho outras propostas no Brasil. Talvez faça, no ano que vem, a Paixão de Cristo, como Madalena, e um filme com um grande diretor nordestino”. A ideia da atriz é passar mais tempo em solo brasileiro. “Também quero fazer uma carreira de atriz aí, sólida como estou construindo aqui na França. Sei que vai ser difícil no começo, mas quanto mais difícil, mais excitante para mim. Nada foi fácil na minha vida! Sempre lutei duro para conseguir realizar meus sonhos”, diz ela.

 

A peça

Apesar de ser fluente em francês, na peça Gyselle fala… Português! “Minha personagem quer aprender a falar francês, pois quer ficar mais próxima da sua patroa. Rosaria é muito amiga de Lote, vivida pela atriz francesa Elsa Zylberstein. Ela se revela ao final da peça, pois tem um grande segredo guardado para dizer a Lote, que é muito sozinha e doente”, conta Gyselle.

 

“Les Derniers Jours de Stefan Zweig”, história já contada no cinema, fala dos último dias do escritor austríaco Stefan Zweig no Brasil, para onde veio fugindo da Alemanha nazista. Ele se suicidou em Petrópolis, em fevereiro de 1942.

 

“É uma experiência maravilhosa atuar no teatro profissional francês, com atores talentosos, em uma peça tão complexa e difícil. Estou crescendo muito como atriz”, afirma.