Familiares e amigos do humorista Chico Anysio chegam ao Crematório da Santa Casa da Misericórdia do Rio, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária, para a cerimônia de cremação do artista, prevista para as 13:00h deste domingo, 25. Chico Anysio morreu na sexta-feira, 23, aos 80 anos, em consequência de uma parada cardiorrespiratória. Segundo advogado Paulo César Pimpa, Chico deixou um testamento pedindo que metade de suas cinzas fossem levadas para Maranguape, a cidade onde nasceu no Ceará, e outra metade para o Projac.
Entre os primeiros a chegar ao crematório estão a ex-ministra Zélia Cardoso de Mello, que foi casada com Chico Anysio, e seus dois filhos. "Meus filhos ainda são pequenos. São os únicos filhos do Chico que ainda precisariam muito do pai. Infelizmente a gente não tem domínio sobre essas coisas. O pai deixou para eles um bom legado de trabalho e de caráter. Seja o que for que eles façam na vida, espero que eles sigam o exemplo do pai", disse Zélia.
A última mulher de Chico, Malga Di Paula, os filhos Bruno Mazzeo, Nizo Neto e André Lucas, o irmão, Elano Paula, a sobrinha do humorista, Cininha de Paula, e alguns amigos, como o cantor e vereador paulistano Agnaldo Timóteo (PR), os atores Daniela Escobar, Heloísa Perissé e Eri Johnson, entre outros, também já estão no local.
"Quero fazer um agradecimento ao povo pelas demonstrações de carinho. Ver o povo ontem, na porta do teatro foi o que deixou meu pai mais feliz. Uma pessoa que dedica 65 anos a alegrar um povo, principalmente um povo como esse, é uma pessoa abençoada, que cumpriu lindamente a sua missão", disse Bruno Mazzeo, visivelmente emocionado e com a voz embargada.
"Chico era um mestre da reciclagem. Foram 47 anos de amizade, o que tenho que agradecer a ele", disse Agnaldo Timóteo.
A cremação
Segundo a administração do crematório, o processo da cremação dura em torno de uma hora. O primeiro passo é a família fazer o reconhecimento no setor de operação do crematório. Após a identificação, os papéis são assinados e os familiares conduzidos a uma sala de despedida. Nessa sala, de aproximadamente 50 metros quadrados, a família pode fazer orações, preces e prestar as homenagens finais, por cerca de meia hora. A decisão se o caixão fica ou não aberto nesse momento é dos familiares. Em seguida, o corpo é levado para o crematório e ninguém pode acompanhar.
G1