Nesta vida no planeta Terra, não precisamos de diagnósticos científicos para comprovar se somos pessoas desumanos ou não, todos os dias inúmeros indivíduos certificam suas atitudes de monstros. Conviver neste meio social de uma humanidade composta por pessoas cruéis, com cérebro nefasto, é tentar sobreviver em um deserto sem água e sem alimentos, no meio de vários leões famintos.
Por onde passamos, encontraremos as tênias “humanas”, que se proliferam de forma veloz no sentido de praticarem o mal contra outros parasitas de sua própria espécie. A pior larva que existe no universo é a ameba que se diz ser “pensante”, quando na verdade é uma grande ameaça, inclusive para a natureza vegetal.
Meu espírito fica frágil, mas não se entrega, porque um dia os monstros serão consumidos pela terra e suas sombras gritarão na escuridão da vida imaterial, buscando tardiamente a luz da infinitude que nunca alcançarão.
Diante de minha sensibilidade, consumo sozinho minha dor. Por onde ando, vejo todos os tipos de injustiças sociais, que jamais seriam praticadas em qualquer civilização normal. Ao olhar e sentir, tudo isso me faz sofrer e, para não morrer, faço de conta que vivo nesse planeta sem viver.
No íntimo de minha dor, dialogo com uma luz sem ouvir sua voz, ouço um som e sinto um calor. Somente aquela luz me acalenta, fazendo com que eu cumpra minha missão neste subterrâneo solar, sofrendo, ouvindo e convivendo com o que não gostaria de conviver, sendo controlado por inúmeros patifes que só sabem roubar e parasitar.
Procuro paz, mesmo sabendo que neste mundo não irei encontrar, porque já percebi que o ser “humano” é um animal descomunal e esses monstros, enquanto estiverem na terra, encontrarão forças mesmo na escuridão da caverna ou em um cadáver sobre a terra.
Brota em cada hospedeiro uma convicção interna, no sentido de se dar bem, mesmos tendo que matar, roubar e escravizar outros seres. Não interessam os métodos dos diferentes tipos de estelionatos, seja ele político ou de outra forma pejorativa, para os microrganismos “humanos”, só possui valor o resultado, não importa quem será prejudicado.
José Osório Filho