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Na minha intimidade o silêncio é minha última companhia, lamento somente com ele o fato da existência humana, a miséria e todas as mazelas visíveis que presencio. Diante dessas ponderações vejo a predominância da ignorância, que se tornou mais saudável do que o conhecimento.  Viver no mundo das ilusões é mais útil, do que ter acesso a reflexões profundas, mesmo assim eu vivo a triste característica de um fato, porque fui liberto da profunda alienação e da fantasia que esconde a realidade.

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A cada instante inspiro em mim e nos sons audíveis, e não na ausência de conhecimento e falta de estudo de outros, minha experiência ou prática é uma essência do ar atmosférico em movimento natural. Tudo isso é fruto do labor diuturno, da graça de esforços físicos e psicológicos desenvolvidos por minha matéria e uma divindade invisível.

Peço apenas o silêncio, diante das barbaridades existentes nas cidades, escolas e universidades, espalhadas por meu imenso País, assim como uma criança pede uma flor,  carinho e amor;  ou pedinte tenta ganhar um pão, para saciar a fome que decepa seu coração, provocada por outros seres da mesma espécie e irmandade.     

Pelos caminhos da existência humana, sigo os passos de uma fala muda, minhas palavras e lágrimas são escritas e onde vivo quase ninguém lê, e consequentemente não tem voz e sequer sabem votar; quando se depreende com um texto, não consegue entender. Estamos diante do analfabetismo funcional, que nunca trará o bem só planeja o mal. Nessa onda de incertezas os poderes constituídos não protegem os cidadãos, as instituições são administradas por corruptos. Sendo assim, vivemos de esperanças diante de um erro de percepção e entendimento; para a grande maioria das pessoas, é mais fácil não enxergar, do que sentir a realidade e não saber votar.  Veja o vídeo com imagens relacionadas.

                 JOSÉ OSÓRIO FILHO