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Nos Estados Unidos, mais uma jovem morreu depois de contrair uma rara infecção pela ameba Naegleria fowleri, popularmente conhecida como “comedora de cérebro”. Megan Ebenroth, de 17 anos, contraiu o parasita enquanto nadava em um lago na Geórgia — foi a segunda morte na mesma semana causada pelo protozoário no estado. As informações são do Metrópoles.

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O óbito foi registrado em 29 de julho, apenas 11 dias depois de a adolescente contrair a infecção e um dia após o diagnóstico. Quatro dias depois de nadar no lago, Megan acordou com uma forte dor de cabeça, e sua mãe a levou ao hospital.

Os médicos diagnosticaram a jovem com sinusite, prescreveram um antibiótico e a mandaram para casa. Infelizmente, os sintomas continuaram a piorar ao longo da semana, e ela começou a sentir febre, enxaqueca e perda de equilíbrio.

O que é a ameba comedora de cérebro?

A ameba Naegleria fowleri é a principal causadora da meningoencefalite amebiana primária, uma inflamação que ataca o cérebro e evolui rapidamente causando dores intensas, rigidez da nuca, vômitos e morte.

O protozoário vive em águas mornas e doces e está presente em todo o mundo, em lagos e lagoas com temperaturas entre 40 ºC e 46 ºC — porém, ele não sobrevive na água salgada.

A infecção é rara, e até 2006 só 200 casos haviam sido registrados em todo o mundo — ainda assim, além dos dois pacientes da Geórgia, um menino de 2 anos, Woodrow Bundy, também morreu em julho nos Estados Unidos em consequência da mesma ameba.

O protozoário geralmente entra no corpo de crianças que respiram água morna contaminada e se aloca no cérebro, causando inflamação e destruição do tecido nervoso. Não se sabe o que faz as infecções serem mais comuns em menores de 14 anos.

O caso de Megan

Os médicos tentaram várias estratégias para salvar a vida de Megan, inclusive abrindo o crânio dela para tentar aliviar o inchaço cerebral, mas nada funcionou.

O prognóstico não é bom para as vítimas da infecção amebiana: ela é fatal em 97% dos casos. A morte geralmente ocorre dentro de cinco dias. Dos 157 infectados por amebas conhecidos nos EUA entre 1962 e 2022, apenas quatro pessoas sobreviveram.

“A única coisa que peço neste momento é que as pessoas usem clips no nariz ao mergulhar na água doce”, disse a mãe da jovem, Chrissy Huff-Ebenroth, em uma postagem no Facebook.