Na leitura, beijo sem beijar, amo um amor sem me aproximar, sinto as pessoas e os objetos sem sentir, abraço sem abraçar, sacio uma língua sem saciar, acaricio uma boca sem acariciar e curto um olhar sem enxergar. Amo a própria ilusão sem amar.
Tenho a sensibilidade de sentir sem sentir, sou uma metáfora, me transformo em inúmeros elementos físicos e químicos. Vivo sem viver e amo tanto a leitura que, sem ela, não consigo ver outro ser.
A leitura fundiu uma paixão dentro de mim e, por essa razão, passei à admira-lo. Não há nada melhor no mundo do que o conhecimento, é o maior romance cheios de delírios e loucuras de um pensamento.
Da redação