Posso escrever todos os poemas no período noturno, em uma noite enluarada onde vejo as estrelas e o brilho da madrugada, distante da lua resta minha alma que vive na penumbra da noite estrelada. Todos as noites observo o espaço suspenso do universo, volto para a terra e olho em cada face humana.
Vejo transformações em todas as dimensões do planeta, menos nos seres humanos, esses são incapazes de reconhecer as diferentes ambiguidades das existências corpóreas, espirituais e ambientais.
As pessoas são células vivas e parte de uma vida morta, todos nós somos um vazio. Na profundeza da alma podemos avaliar nossa composição orgânica e material. Somos átomos simples do corpo e ao mesmo tempo hidrogênio e uma composição de blocos de construções de partículas somáticas.
Antes de amar a ti mesmo, não esqueça que nada te pertencerá, nem o nome e muitos menos os bens materiais. O mundo é da natureza e, tudo que nela há, para a terra voltará. As coisas móveis e imóveis não são de ninguém, nem tua beleza, pobreza ou riqueza permanecerá, todos nós somos adubo da terra de onde viemos e para onde devemos voltar.
Da redação