O ciclo de sessões referente à segunda quinzena do mês de junho, na Câmara Municipal de Floriano, começou nesta segunda-feira (19) e foi marcado por um momento diferente.
Após a abertura da sessão foi realizada uma homenagem à podóloga Ivoneide da Cruz Melo, com a leitura de um histórico de sua vida e entrega de uma ‘Moção de Aplauso’ pelos relevantes serviços prestados à população de Floriano, proposta pela vereadora Daguia do Edgar e aprovada por unanimidade por todos os vereadores.
O momento solene foi acompanhado do plenário por amigos e familiares da homenageada e por um grupo de alunos da Escola Mega de Floriano, a quem o presidente da casa, vereador Joab Curvina, explicou a sistemática de realização da sessão, que é dividida em quatro etapas: a abertura da sessão; a abertura do grande expediente, com o uso da tribuna pelos vereadores para seus discursos; a votação dos projetos de lei ou de decretos legislativos; e, a última, as comunicações parlamentares e encerramento.
O principal destaque da sessão foi a apresentação do Projeto de Resolução nº 02/2023, do vereador Joab Curvina, para alteração do Art. 187 do Regimento Interno da Câmara Municipal de Floriano, propondo a mudança de horário de realização das sessões ordinárias da casa, a partir do mês de agosto, para o turno da manhã, iniciando às 9h. O projeto segue para análise e posterior votação. Na sessão ainda foram apresentados sete projetos de decreto legislativo, concedendo títulos de cidadania; dezoito indicações de obras e ou serviços a serem executados pela gestão municipal e a votação de uma moção de pesar.
Tem continuidade na noite de hoje as festividades em homenagem a São João Batista, no Morro da Cruz, bairro Sambaíba, em Floriano.
O evento que é organizado pela família Pereira da Silva hoje tem como as pessoas de frente, a senhora Fátima Kalume e os filhos os Drs. Marcus Vinicius e Carlos Eduardo, esse ultimo vereador por Floriano. No final de semana, houve apresentações culturais, após a missa.
O velório do corpo do homem morto em confronto com a polícia, hoje em Floriano-PI, será na casa da família, no bairro Sambaiba Nova. Luan Avelino, tinha 26 anos e, conforme informações tinha várias passagens.
Marco na luta contra a violência no trânsito no Brasil, a Lei Seca completa 15 anos nesta segunda-feira (19). Para lembrar a data, o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) divulgou dossiê sobre os acidentes provocados pelo uso de álcool no país. Os dados foram coletados do Ministério da Saúde.
O documento revela que 10.887 pessoas perderam a vida em decorrência da mistura de álcool com direção em 2021, o que dá uma média de 1,2 óbito por hora.
“Esse número é altíssimo se a gente considerar que as mortes atribuídas ao álcool por acidente de trânsito são completamente evitáveis. É só você não beber”, diz o psicólogo e pesquisador do Cisa, Kaê Leopoldo. Segundo o levantamento, cerca de 5,4% dos brasileiros relataram dirigir após beber, índice que tem apresentado estabilidade no país.
Apesar de alarmante, a taxa de mortes por 100 mil habitantes de 2021 foi 32% menor que a de 2010, quando a Lei Seca ainda tinha apenas dois anos. O número de mortos por ano caiu de sete para cinco por 100 mil habitantes no período.
Para Kaê, o número ainda é excessivamente alto, mas “a gente precisa entender que a tendência é de redução. Vem sempre existindo uma tendência de redução ao longo dos 10 anos analisados”, acentua.
Hospitalizações em alta
O total de hospitalizações cresceu 34% no período, passando de 27 para 36 internações a cada 100 mil habitantes. A pesquisa mostra, também, que esse crescimento foi puxado por acidentes com ciclistas e motociclistas, uma vez que caíram as hospitalizações de pessoas que estavam em veículos e de pedestres envolvidos em acidentes causados pelo consumo de álcool.
O pesquisador do Cisa opina que a expansão das hospitalizações envolvendo ciclistas e motociclistas pode estar relacionada ao aumento da frota no período.
“Principalmente na questão dos motociclistas, que representam um caso que merece atenção especial. Cresceu o total de motoboys e de entregadores. Eles passaram a trabalhar em horários que, às vezes, há outras pessoas dirigindo embriagadas [cujos veículos] podem [atingir] motoboys”, destaca Kaê.
Diferenças
Os números de óbitos e hospitalizações variam bastante de acordo com o estado. Enquanto Tocantins (11,8), Mato Grosso (11,5) e Piauí (9,3) registram mais de nove óbitos a cada 100 mil habitantes por acidentes motivados pelo consumo de álcool, Amapá (3,6), São Paulo (3,5), Acre (3,5), Amazonas (3,2), Distrito Federal (2,9) e Rio de Janeiro (1,6) não chegam nem a quatro óbitos por 100 mil habitantes.
Em relação a hospitalizações, elas podem variar de 85,2 a cada 100 mil pessoas, como no Piauí, até 11,8 a cada 100 mil no Amazonas. A diferença é de mais de sete vezes entre os dois estados. Para o pesquisador, é difícil entender essa diferença.
“Temos alguns indicativos como implementação de políticas públicas, fiscalização, densidade de blitzes, fatores culturais, frota de veículos e qualidade da frota e das estradas. Tudo isso entra no cálculo e afeta na diversidade dessas taxas de óbitos e hospitalizações”, argumenta.
A socióloga Mariana Thibes, coordenadora do Cisa, diz que as autoridades locais devem aumentar a fiscalização nas ruas e implementar campanhas de educação.
“A educação da população tem um importante papel na segurança viária e, em relação à fiscalização, sabemos que quando não há continuidade o impacto na redução de mortes viárias tende a diminuir, apesar da existência de leis”, opina.
Perfil das vítimas
O perfil das vítimas de acidentes envolvendo consumo de álcool é majoritariamente masculino. Isso porque 85% das hospitalizações envolvem homens, enquanto 89% das mortes causadas pelo álcool são de pessoas do sexo masculino. “Em relação à faixa etária, a população entre 18 e 34 anos de idade é a mais afetada”, informa o estudo.
O Centro de Informações sobre Saúde e Álcool alerta que não há um volume seguro para ingestão de bebidas alcoólicas antes de dirigir. Arthur Guerra, psiquiatra e presidente do Cisa, acentua que muitas pessoas acreditam que a pouca ingestão de álcool não interfere na capacidade de dirigir.
“Em pequenas quantidades, o álcool já é capaz de alterar os reflexos do condutor e, conforme a concentração de álcool no sangue, [ele] se eleva e aumenta também o risco de envolvimento em acidentes de trânsito graves, uma vez que provoca diminuição de atenção, falsa percepção de velocidade, aumento no tempo de reação, sonolência, redução de visão periférica e outras alterações neuromotoras”, finalizou.