Uma banda formada por pessoas com diferentes deficiências físicas e uma exposição composta por quadros artísticos pintados durante a terapia de reabilitação física. Essa é a composição que estará presente na Universidade Federal do Piauí (UFPI), na próxima quinta-feira, 10, através do Projeto Tocando em Frente a Vida com Arte, desenvolvido por profissionais da musicoterapia e arteterapia do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir). A exposição será realizada no auditório do CCE, a partir das 16:00h.
A proposta do projeto é fomentar a inclusão social e, também, mostrar a capacidade e potencialidade das pessoas com deficiência física e/ou motora que fazem tratamento no Ceir. “Queremos apresentar a capacidade que os pacientes do Centro têm de reinserir-se na sociedade de uma maneira diferente: através da arte e da música”, ressalta a musicoterapeuta Nydia do Rêgo.
A banda Tocando em Frente é formada por pacientes do Ceir. Naiara Maria, Assis, José Maria, Rafael Rabelo, Hipólito Izac, Gabriel Rabelo, Agnelo Mendes e, o músico e voluntário, Naylo Neto, fazem parte do grupo de pacientes que fazem da música e da arte uma forma de conquistar motivação e autoestima.
Alguns dos pacientes descobriram-se músicos durante as sessões de musicoterapia, como é o caso de Naiara Maria, vocalista da banda. Ela tem paralisia cerebral e até já recebeu alta do setor, mas continua com os ensaios semanais que acontecem no Centro.
O trabalho desenvolvido pelo setor de musicoterapia no Ceir é referência em todo o Piauí e é indicado para pacientes das mais variadas idades e diagnósticos, com atendimentos que podem ser realizados de forma individual, duplo e em grupo. No caso da banda, os encontros ultrapassaram a característica terapêutica e, agora, são voltados também para o aperfeiçoamento musical do grupo.
Arte
Para a exposição das pinturas, a contribuição é do setor da arteterapia. O tratamento feito no setor potencializa não só a capacidade criativa de cada paciente, como também estimula a autoestima, desenvolvimento da inteligência emocional, a criatividade, a motivação e a capacidade relacional tendo como meta a qualidade de vida.
Todas as telas da exposição são de autoria dos próprios pacientes atendidos no setor. “O nosso acervo é muito rico. Muitos pacientes têm se destacado e apresentado grandes potencialidades no que se refere à composição de quadros e formas de arte em geral”, explica a arteterapeuta Emanoella Sato.
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