Apenas 6% de todas as bonecas fabricadas no Brasil são negras, aponta pesquisa

bonecaspretasDesde 2016, quando lançou a música “Bonecas Pretas”, a cantora Larissa Luz chama a atenção para a “necessidade de ocupar, invadir as vitrines, lojas principais” com representatividade. A canção exalta que “referências acessíveis é poder pra imaginar”. E não é pra menos. Segundo a pesquisa “Cadê Nossa Boneca?”, divulgada neste mês pela organização social Avante, apenas 6% de todas as bonecas fabricadas no Brasil são negras.

Fazendo uma comparação, a cada 100 modelos de bonecas produzidos pela indústria brasileira de brinquedos, apenas 6 representam pessoas negras. Com 34 anos, a também cantora e advogada Dinha Dórea, teve a sua primeira Barbie negra trazida dos Estados Unidos, já que no Brasil a sua mãe não conseguia encontrar. “Ela veio toda vestida de roupa africana e eu não me sentia representada, até mesmo porque não sou africana. Depois de um tempo consegui uma Barbie negra, mas também não foi comprada no Brasil”, conta.

Ela relembra que sua mãe fazia questão de inserir representatividade racial em todas as suas festas de aniversário. Todas eram temáticas:  de chapeuzinho vermelho, cinderela, mas negras. “Minha mãe ia no buffet e pedia para as personagens serem pintadas de preta. Sempre foi assim, ela falava que eu era a princesa dela”, relembra. Mãe do Francisco, 10 anos, Dinha já percebe a abordagem da temática racial está mais presente na escola. “Já teve palestras, conversas com pais e sempre é necessário ter mais”, afirma.

Ao contrário dela, a comunicóloga Caroline dos Santos não viveu a representatividade na sua infância e cresceu se questionando. “Eu tinha Barbies, Pollies, mas elas não representavam de forma alguma a minha pele, então eu não conseguia me ver nas bonecas. Enquanto muitas outras meninas chamavam as bonecas de filhas ou irmãs, eu chamava de colega porque eu sabia que ela não fazia parte do meu círculo por não se parecer comigo”.

Carol conta que a falta dessa abertura na infância trouxe consequências para a sua vida adulta. “Impactou a longo prazo, em todas as minhas escolhas. Adulta é que percebo como fez falta não ter essa abertura, esses brinquedos”, reflete.

Representatividade é crucial na infância

Para a psicóloga e publicitária Mylene Alves, uma das idealizadoras da campanha “Cadê nossa boneca?”, a representatividade na infância é algo essencial, pois nesse período tem-se a formação da nossa identidade.  Conforme explica a profissional, a representatividade no ato de brincar na primeira infância deve propiciar que a criança descubra o que é a sociedade que ela compõe.

“A boneca, no caso, é um exemplo que representa os seres humanos, as pessoas. Idealmente, o contexto do brincar está inserido na sociedade brasileira que hoje contém 56% da população autodeclarada negra. É inadmissível, portanto, que essas bonecas não correspondam à sociedade”, destaca Mylene.

A falta dessa construção representativa na infância reflete também na vida adulta e no mercado de trabalho, ainda muito carente de ações de inclusão afirmativa. Em setembro deste ano, a rede varejista Magazine Luiza anunciou seu programa de Trainee exclusivo para pessoas negras. A iniciativa virou alvo de polêmica e ação judicial, mas a rede se pronunciou dizendo:

“Estamos absolutamente tranquilos quanto a legalidade do nosso Programa de Trainees 2021. Inclusive, ações afirmativas e de inclusão no mercado profissional, de pessoas discriminadas há gerações, fazem parte de uma nota técnica de 2018 do Ministério Público do Trabalho”, escreveu a Magazine Luiza em sua rede social.

bonecpreta

A psicóloga Mylene Alves vê a atitude da rede varejista como forma de inclusão afirmativa. “É uma questão de percepção e entendimento do racismo estrutural que faz com que negros e negras no país não tenham a capacidade de se sentir aptos a concorrer a uma vaga. O programa mudou não por marketing, mas porque entendendo que não havia diversidade suficiente na empresa, algum fator para a entrada de mais negros era necessário.”

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

Pauliran da Costa e Silva que estava internado em Teresina e faleceu nessa madrugada de sexta-feira, 09 de outubro, tinha uma história em Floriano onde morava com a família. Pauliran estava internado num Hospital de Teresina e estava sendo tratado da Covid19, o novo coronavírus.

lauro

De acordo com o Lauro Cronemberger, presidente do Comércio Esporte Clube, que era um dos seus amigos na cidade, o Pauliran começou a trabalhar muito cedo, pois a sua vida profissional foi iniciada numa das empresas do Grupo Beethoven Brandão e do ex-senador João Lobo, esse último in memoriam.

Pauliran foi sócio da Brahma e da Chevrolet e era casado com a senhora Vera Costa com quem teve três filhos: Renata que é advogada, Leonardo (falecido num acidente de carro) e Pauliran filho.

Ele foi também o dono de uma empresa na cidade que era chamada de Supermercado Esperança e que se localizava nas proximidades dos Correios, anos depois com o fechamento do supermercado, Pauliran passou a trabalhar na Prefeitura Municipal de Floriano.

Pauliran, na atual gestão do prefeito Joel Rodrigues, pertencia ao quadro da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico.

Pauliran da Costa, que completaria 72 anos de idade em dezembro, por vários anos lutou contra a diabetes e tinha problemas cardíacos.

Nas redes sociais, muitos amigos e familiares estão lamentado a morte dele. Veja as declarações do Lauro Antonio Cronemberger.

Informações repassadas ao Piauí Notícias confirmam que faleceu nessa madrugada, em Teresina onde estava internado, o Pauliran da Costa e Silva.

Ele, que atualmente estava como servidor da Prefeitura de Floriano, estava internado num Hospital da Capital e sendo tratado por ter sido acometido do novo coronavírus -  COVID-19.

paulo Pauliran deixa esposa e filhos.

Matérias relacionadas:

Se agrava a saúde do florianense Pauliran da Costa. Ele está internado em Teresina

Renata repassa novas informações sobre o estado de saúde do Pauliran, seu pai

O estado de saúde do Pauliran é grave, revela familiar nesse começo de semana

Pauliran, que é diretor de uma Secretaria da atual gestão, está numa UTI em Teresina

 

Da redação