O empate sem gols entre Fluminense e Santa Fe-ARG, pela terceira rodada da fase de grupos da Sul-Americana, foi tudo menos monótono. No Maracanã, a arquibancada visitante não deixou a desejar para os que estão habituados a frequentar o estádio. Por outro lado, os tricolores não compareceram em peso, frustrados pela derrota no Brasileiro. Os 9 mil presentes aproveitaram os 90 minutos para cobrar jogadores, e principalmente o técnico Abel Braga e diretoria do clube, além de apoiar o time nos momentos decisivos.
Assim, a partida foi uma mistura de aplausos e vaias. Os minutos anteriores ao jogo foram movimentados por parte dos visitantes. As três derrotas nas últimas rodadas não afetaram a hinchada, que chegou preparada para deixar sua marca na cidade. Os torcedores do Santa Fe-ARG, que compraram cerca de mil ingressos para o jogo, chegaram cedo no Maracanã, aproximadamente uma hora antes. Os tatengues entraram no estádio cantando alto e trazendo a festa argentina para o Rio de Janeiro. Na entrada do time para o aquecimento, também vibraram e foram correspondidos pelo elenco, que reconheceu o esforço da arquibancada.
Do lado do Fluminense havia menos animação. Aproximadamente 8 mil ingressos foram vendidos para os tricolores, que demoraram a chegar. No momento da escalação, o Setor Sul do Maracanã ainda estava vazio, mas nem por isso Abel Braga deixou de ser vaiado. Em relação ao resto do grupo, apenas PH Ganso e Germán Cano receberam aplausos. Quando faltava meia hora para o apito inicial, contudo, a torcida entrou em grande quantidade e disputou o barulho com os argentinos.
No começo da partida, foi a vez da torcida do Fluminense esquentar o clima. Ainda no lance inicial, Marlon ficou sozinho diante do goleiro adversário e quase finalizou. A tentativa foi o suficiente para fazer com que o volume do canto brasileiro aumentasse. Os torcedores do Santa Fe, por sua vez, ficaram preocupados. Enquanto no gramado a bola era arduamente disputada pelas equipes, na arquibancada só se ouvia a voz dos tricolores homenageando o "clube mais amado do Brasil". A cada finalização do Flu, os aplausos se misturavam aos gritos de frustração de ambos os lados.
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