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selbraNa última terça-feira, a Seleção Brasileira manteve 100% de aproveitamento nas Eliminatórias ao derrotar o Paraguai por 2 a 0, no estádio Defensores del Chaco. Se contra o Equador o Brasil venceu, mas não convenceu, na última noite, a melhora da equipe foi notória. Para a partida, o técnico Tite promoveu três alterações: Ederson, Gabriel Jesus e Firmino começaram no time titular. Assim, a disposição tática mudou, e a equipe mostrou uma evolução significativa. Naturalmente, a mudança de Alisson por Ederson não mudou a Seleção taticamente. No entanto, as entradas de Firmino e Gabriel Jesus, sim. Com quatro atacantes, Tite "sacrificou" um jogador de meio-campo - no caso da última noite, Paquetá.

Dessa forma, Neymar atuou mais centralizado, com liberdade, também, para cair pelas pontas e ir até o meio de campo buscar o jogo para ditar o ritmo da partida. Firmino atuou como centroavante (assim como Gabi contra o Equador), Gabriel Jesus caiu pela direta e Richarlison se manteve pela esquerda.

As mudanças surtiram efeito logo nos primeiros minutos de jogo. Gabriel Jesus recebeu lançamento de Danilo, venceu o defensor paraguaio em jogada individual e cruzou para Neymar, que veio do meio para colocar o Brasil em vantagem no placar.

A dobradinha, inclusive, quase se repetiu aos 18 minutos do segundo tempo. Dessa vez, Gabriel Jesus conseguiu a roubada de bola, fez boa jogada pelo meio e tocou para Neymar. O camisa 10 da Seleção conseguiu a finalização, e a bola passou tirando tinta da trave. Taticamente, Tite pode ter encontrado a melhor maneira da Seleção jogar, com Neymar centralizado e com liberdade para criar, além da presença de três homens à frente. Contudo, os nomes dessa trinca podem ser outros. Gabriel Jesus sofreu o pênalti contra o Equador e deu uma assistência - foi bem -, mas Firmino, por sua vez, foi discreto e Richarlison também teve uma atuação abaixo do esperado. Assim, surgem as opções de Gabi, Cebolinha e Vinicius Jr. Eles foram chamados nessa última convocação e têm talento de sobra para brigar por espaços no time titular.

Além do desempenho dentro de campo, o resultado fez com que a Seleção chegasse a uma importante marca. Com a sexta vitória, os comandados de Tite igualaram "As Feras do Saldanha", apelido que eternizou o time das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1970.

  • É muito difícil mensurar agora. São etapas que a equipe vai construindo. Estou olhando o Clodoaldo. Ele fez uma observação da Copa de 70, que a Seleção foi se construindo. E caracteristicamente as Seleções são assim, porque a gente não tem muito tempo de estar junto, de ajustar - disse Tite, que ainda completou.
  • E mesmo dentro do próprio jogo a gente procurar alternativas. Hoje, por exemplo, iniciamos com três jogadores diferentes do outro jogo. E mais as substituições que nos proporcionaram. Essa competitividade, esse nível que os atletas individualmente vão trazendo de seus clubes pode proporcionar à Seleção esse crescimento - finalizou.

Lançe

Foto: Lucas Figueiredo/CBF