Pela quinta vez, o Palmeiras é finalista da Copa do Brasil. Tricampeão (1998, 2012 e 2015) da competição mais bem paga do país, o time paulista venceu o América Mineiro, por 2 a 0, nesta quarta-feira à noite, na Arena Independência e confirmou sua vaga na decisão diante do Grêmio, que eliminou o São Paulo. No primeiro jogo, em São Paulo no Allianz Parque, houve empate por 1 a 1. Portanto, quem vencesse ficaria com a vaga.
O América-MG cai da disputa de cabeça em pé, chegando pela primeira vez às semifinais e também porque faz excelente campanha no Brasileiro da Série B, onde é vice-líder com 60 pontos, e deve garantir o acesso para a elite em 2021.
ARMAÇÃO DOS TIMES
Na montagem dos times, o América-MG perdeu o atacante Felipe Azevedo, que sentiu uma lesão muscular na véspera do jogo. Em seu lugar entrou Alê, com Geovane ficando posicionado mais pelo lado esquerdo. Uma falsa impressão de esquema 4-4-3, porém, na realidade um esquema mais de marcação: o 4-4-2.
O Palmeiras sem Gabriel Silva, com um edema naa perna direita, o técnico Abel Ferreira optou por puxar Gabriel Menino para volante e deixar Marcos Rocha na lateral-direita. Na frete, o trio ofensivo formado por Rony, Luiz Adriano e William.
SÓ DISPOSIÇÃO, MAIS NADA
Apesar da maior disposição de ir ao ataque, o time paulista não encontrou espaços para penetrar nas duas linhas defensivas bem armadas pelo técnico Lisca, do Coelho.
O time mineiro, por sua vez, ficou na defesa na esperança de ter a chance num contra-ataque. Só que nada apareceu. Faltou tudo: criatividade, ousadia e arrojo.
Aos 25 minutos o volante Flávio sentiu uma lesão muscular e virou baixa no América-MG, com a imediata entrada de Zé Ricardo. No mais, nenhum grande jogada de gol para os dois lados.
COELHO MAIS NA FRENTE
No início do segundo tempo, Lisca voltou com o atacante Felipe Augusto no lugar do meia Geovane. E adiantou mais seu time, passando a pressionar a defesa palmeirense. O Coelho passou a explorar, de forma inteligente, os erros de passes do time paulista.
Chegou duas vezes em chutes de Felipe Augusto, defendido por Weverton, e de Ademir para fora. Aos 13 minutos, após jogada de linha de fundo pelo lado esquerdo, o passe saiu para trás para o chute chapado de Juninho. Mas ele mandou pra fora. Que susto levou o Palmeiras!
Sentindo a pressão, Abel Ferreira se viu obrigado a dar fôlego ao seu time, colocando três novos jogadores na tentativa de melhorar o posicionamento em campo. Entraram Gustavo Scarpa, Lucas Lima e Patrick de Paula, respectivamente, nas vagas de William, Raphael Veiga e Gabriel Menino.
E SAIU O GOL
De repente, como que num toque de mágica, saiu o gol tão esperado. Rony fez o passe para Luiz Adriano na frente da área, ele deu a finta de corpo e bateu rasteiro, de chapa, com frieza e precisão. isso aos 23 minutos. Segundo gol dele na competição.
A partir daí, o América passou a jogar contra o relógio. O Palmeiras, que já tinha ajeitado a marcação no meio-campo, ficou mais protegido na defesa. Além de errar menos passes, evitando os contra-ataques.
TUDO OU NADA
Coube a Lisca tentar suas mudanças, embora somente aos 37 minutos, com três entradas. Vitão no lugar de Rodolfo, Marcelo Toscano na vaga do lateral Daniel Borges e Calyson no lugar de Alê.
Mas num lance de falta saiu o segundo gol aos 39 minutos. Lucas Liam cobrou falta do lado esquerdo, Myke cabeceou forte e Matheus Cavichioli deu rebote. Rony completou de primeira de cabeça. Na comemoração, deu sua tradicional cambalhota.