Nas últimas duas partidas do ano pelas eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2022, a Covid-19 atingiu mais jogadores do que o "vírus Fifa" (como são apelidadas as lesões sofridas no período de partidas de seleções). No total, 15 jogadores testaram positivo enquanto serviam aos países ou logo depois de voltarem aos seus clubes e viraram desfalques para a rodada do fim de semana. Enquanto isso, as lesões sofridas em treino ou jogo sob o comando de comissões técnicas das equipes nacionais causaram apenas três baixas.
O Uruguai lidera a lista com oito atletas com teste positivo para Covid-19, seguido do Equador, com seis. O Brasil precisou cortar Gabriel Menino, do Palmeiras, ainda no início da reunião em Teresópolis.
O argentino Exequiel Palacios teve a lesão mais grave entre as seleções, com uma fratura na lombar que pode deixá-lo afastado dos gramados por até três meses. Outro jogador a voltar fora de combate das eliminatórias foi o atacante Pedro, do Flamengo.
Uruguai
Nos casos de coronavírus da Celeste, Matías Viña, lateral do Palmeiras, foi o primeiro. Luís Suárez (Atlético de Madrid) e Rodrigo Muñoz (Cerro Porteño) foram diagnosticados em seguida. Todos os três ficaram fora da derrota por 2 a 0 para o Brasil, em Montevidéu.
Depois de uma leva de testes após o jogo contra a Seleção, a equipe uruguaia confirmou que Alexis Rolín (Olimpia) e Diego Rossi (Los Angeles FC) também contraíram o vírus. Ambos foram relacionados para a partida de terça-feira, mas não saíram do banco.
Na testagem de volta ao Atlético de Madrid, o volante Lucas Torreira se somou a Suárez nas baixas de Simeone. Os dois não jogam contra o Barcelona, pelo Campeonato Espanhol, neste sábado. Na partida contra o Lokomotiv Moscou pela Champions League, na próxima quarta-feira, também não estarão à disposição do Atleti.
Os últimos a serem diagnosticados com Covid-19 foram Darwin Núñez, em Portugal, e Godín, na Itália. O centroavante do Benfica e o zagueiro do Cagliari, titulares na derrota para o Brasil, são a sétima e oitava baixas do Uruguai. A seleção também teve seis integrantes da equipe técnica contaminados.
Equador
A equipe foi 100% nas últimas duas partidas pelas eliminatórias: 3 a 2 contra a Bolívia, além da goleada de 6 a 1 na Colômbia. Os jogadores, porém, não voltaram ilesos aos seus respectivos clubes. Um surto de Covid-19 chegou à seleção equatoriana, com seis jogadores positivos ao final da Data Fifa.
Alan Franco (Atlético-MG), Enner Valencia (Fenerbahce) e Diego Palacios (Los Angeles FC) foram os três primeiros da delegação a contraírem o vírus. Antes da última partida contra os colombianos, o número dobrou com Mario Pineida (Barcelona de Guayaquil), José Cifuentes (Los Angeles FC) e Moisés Corozo (LDU).
Além dos seis casos de Covid-19, o atacante Adolfo Muñoz, também da LDU, se lesionou. Na partida contra a Colômbia, o jogador saiu aos 32 do primeiro tempo com ajuda de uma maca.
Corozo e Muñoz desfalcam a LDU na Libertadores e no campeonato nacional por, pelo menos, duas rodadas. O próximo adversário da competição internacional é o Santos, na próxima terça-feira.
No caso de Alan Franco, o volante depende de um teste negativo para voltar ao Brasil e integrar o time de Sampaoli novamente.
Brasil
Na seleção brasileira, Pedro foi o único a voltar lesionado ao clube depois de entrar em campo nas eliminatórias. O atacante do Flamengo substituiu Richarlison aos 30 minutos do segundo tempo na vitória por 1 a 0 sobre a Venezuela, na terceira rodada. No treino do dia seguinte da partida, sentiu dores no músculo adutor da coxa. O jogador está em tratamento no clube, sem data definida para voltar aos gramados.
Gabriel Menino integrou a delegação na Granja Comary, em Teresópolis, mas não passou na segunda bateria de testes. O jogador do Palmeiras está assintomático e faz parte de uma longa lista de 15 jogadores do time paulista infectados.
Argentina
O caso mais grave de lesão durante as eliminatórias foi o de Exequiel Palacios. O volante argentino sofreu uma fratura nas costas após levar uma joelhada de Ángel Romero, ex-Corinthians, no empate em 1 a 1 com o Paraguai.
A lesão na lombar é parecida com o caso de Neymar na Copa do Mundo de 2014, que o deixou fora do resto da competição. O tempo de recuperação de Palacios, no departamento médico do Bayer Leverkusen, é de até três meses.
GE