O Flamengo é campeão carioca 2020. É bicampeão porque já levou o caneco para a Gávea ano passado. O título foi conquistado nesta quarta-feira à noite no Maracanã, com a vitória por 1 a 0 diante do seu maior rival, o Fluminense.
O gol da vitória foi marcado por Vitinho aos 49 minutos do segundo tempo. Este é o 36.º título carioca do Mengão, que se distancia dos rivais no Estado do Rio de Janeiro.
Este foi o segundo duelo entre o campeão da Taça Guanabara (o Flamengo) contra o campeão da Taça Rio (o Fluminense). No primeiro jogo, domingo passado, o campeão já tinha vencido por 2 a 1, o que lhe deu a vantagem de jogar até pelo empate no segundo jogo. Mas venceu de novo.
CLÁSSICO DAS MULTIDÕES
O Flamengo conquistou o seu 36.º título estadual na história, ainda na frente do próprio Fluminense, com 31 títulos. O duelo ganhou o nome de “Clássico das Multidões” depois de 1963, quando o Fla-Flu levou o maior público da história do Maracanã, com 194 mil torcedores.
Ironicamente, pela primeira vez, eles decidiram um título com o Maracanã totalmente vazio devido a pandemia da Covid-19.
OS NÚMEROS
Este foi o quinto Fla-Flu do ano. O Fluminense venceu o primeiro contra um misto do rival por 1 a 0, gol de Nenê, de calcanhar, na Taça Guanabara, onde eles fizeram um grande duelo depois na vitória do Flamengo por 3 a 2, após abrir 3 a 0.
Houve empate por 1 a 1 na final da Taça Rio, levada pelo Flu nos pênaltis, e a vitória por 2 a 1 do Mengo no primeiro jogo da final do Carioca.
Os dois rivais duelaram até agora 428 vezes. Com vantagem flamenguista: 157 vitórias, contra 139 empates e 132 derrotas. Só no Carioca, foram 255 duelos, com 93 vitórias do Flamengo e 78 do Fluminense, com 84 empates.
FLUZÃO COMEÇA ATRÁS
Mesmo precisando da vitória para evitar o título do rival, o Fluminense fez a opção de ficar bem armado na defesa no primeiro tempo, para tentar o gol em lances de contra-ataques.
Teve duas boas chances, uma com Evanilson e outra com Marcos Paulo. Ambos os chutes foram para fora.
AMPLO DOMÍNIO DO MENGO
Por conta disso, o Flamengo teve amplo domínio territorial, inclusive forçando a marcação quando estava sem a bola. Mas encontrou dificuldades para superar a defesa adversária. A alternativa foi arriscar de longe, o que facilitou a missão do goleiro Muriel.
A melhor chance rubro-negra aconteceu aos 44 minutos, quando Pedro recebeu no lado direito da área e chutou de virada. A bola passou por Muriel e tirou tinta da trave.
SEM MUDANÇAS, MAS...
Os dois times voltaram sem mudanças para o segundo tempo, mas como se esperava o Fluminense abriu mão de ficar na defesa e passou a marcar o Flamengo em seu campo defensivo.
Logo no começo, o Flamengo perdeu o lateral Filipe Luís, que sentiu uma fisgada na perna direita. Em seu lugar entrou Renê, um lateral de ofício, porém, sem a mesma agressividade de Filipe.
MAIS TROCAS
Do lado do Tricolor, o lateral Gilberto saiu machucado e cedeu lugar para Michel Araújo, porém, o volante Hudson é que passou a atuar pelo lado direito. No ataque, saiu Marcos Paulo para a entrada de Fernando Pacheco.
Aos 25 minutos, o técnico Odair Hellmann arriscou tudo com as entradas de dois jogadores ofensivos - Ganso e Caio Paulista - nos lugares, respectivamente, de Yago Felipe e Evanilson.
SEM CHANCE E TEMPO
Mas o tempo ia passando e o Fluminense sem condições de criar no ataque. O Flamengo, de forma natural, foi segurando o placar porque o empate lhe vaia o título. Para isso, usou muita catimba, ganhando tempo nas reposições de bola do goleiro Diego Alves e também nas substituições.
SEM FÔLEGO
Mas no final faltou fôlego e condicionamento físico aos jogadores do Fluminense. O Flamengo até se arriscou a trocar a bola no campo ofensivo. E chegou ao gol aos 49 minutos, quando Vitinho desceu em diagonal, chutou cruzado e a bola desviou encobrindo o goleiro Muriel.
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Foto: Oficial FFC